19 de Outubro de 2022,16h00
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Em um estudo publicado na última semana na revista Polymers, cientistas italianos informam ter encontrado partículas de microplásticos no leite materno pela primeira vez.
De acordo com a equipe da Università Politecnica delle Marche, as amostras foram retiradas de 34 mães saudáveis e microplásticos acabaram detectados em 75% delas.
Ainda segundo a equipe, todas as mulheres haviam consumido alimentos e bebidas embalados em plásticos, além de produtos de higiene pessoal e frutos do mar.
Mas os pesquisadores deixam claro que por enquanto não existe uma correlação comprovada entre o consumo desses itens e a presença de microplásticos no leite materno.
Na verdade, afirmam, isso comprova a presença generalizada de microplásticos no ambiente e torna a exposição aos resíduos inevitável.
No ano passado, por exemplo, um levantamento inédito realizado por uma equipe do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT-USP) identificou partículas de microplásticos em pulmões humanos, fato que comprova a presença dessas partículas no ar.
“Será crucial avaliar maneiras de reduzir a exposição a esses contaminantes durante a gravidez e a lactação”, avalia Valentina Notarstefano, da Università Politecnica delle Marche.
Microplásticos
Desde o primeiro momento que o lixo plástico chega ao mar, os raios do sol, o vento e a ação das ondas passam a fragmentar os resíduos em pequenas partículas, geralmente com menos de um quinto de polegada de diâmetro.
Conhecidos como microplásticos, esses resíduos estão espalhados por todos os oceanos e foram encontrados nos quatro cantos do globo, desde o Monte Everest, o pico mais alto, até a Fossa das Marianas, o vale mais profundo.
Além disso, os microplásticos estão se decompondo em pedaços cada vez menores e microfibras plásticas foram achadas em sistemas de distribuição de água potável de várias cidades, onde também flutuam pelo ar.
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