25 de Julho de 2024,13h00
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Inspiradas em uma experiência carioca, três empresas paulistas, Planta Feliz, IBI Terra Viva e Realixo, passaram a oferecer serviços de coleta doméstica e empresarial de resíduos orgânicos na cidade de São Paulo.
Em resumo, por meio de um serviço de assinatura, as empresas coletam a parcela compostável do lixo comum da sua casa, da sua empresa ou do seu evento e transformam esses materiais em um adubo orgânico de excelente qualidade.
"Mas porque eu assinaria um serviço desses se a Prefeitura já faz de graça?" Você deve estar se perguntando...
Na natureza, tudo é reciclável. Nos ecossistemas, as plantas e animais mortos se decompõem no solo, onde a matéria orgânica se transforma em nutrientes. Foi observando essa capacidade incrível do planeta terra que há cerca de cinco mil anos os chineses criaram a compostagem, um processo para produzir insumos agrícolas que adubam as hortas e plantações.
Ou seja, compostagem é quando os humanos gerenciam e manipulam essa decomposição biológica natural com o objetivo de produzir uma matéria estável, que contém uma quantidade bem grande e diversa de microrganismos.
Com ampla capacidade de reter a água, esses micróbios e a matéria orgânica disponibilizam os nutrientes para as plantas e geram a estrutura e a fertilidade de um solo saudável, perfeito para o manejo de verduras, frutas, legumes e outros tipos de cultura.
Isso quer dizer que você pode reciclar as cascas de fruta e legumes, os restos de alimentos em geral e as folhas do seu jardim e transformar tudo isso em um excelente adubo, 100% orgânico, ao mesmo tempo em que colabora para a sustentabilidade do planeta!
Afinal, a matéria orgânica quando é depositada nos aterros sanitários se decompõe anaerobicamente, sem acesso ao oxigênio. Esse processo é diferente da decomposição aeróbica, que é como ela se decompõe nos ecossistemas.
Quando um alimento se decompõe sem oxigênio, ele produz gases de efeito estufa (principalmente o gás metano), que invariavelmente escapam e se acumulam na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.
Isso sem contar numa possível contaminação da água dos rios e dos lençóis freáticos da região onde se localiza o aterro. Portanto, quando falamos em sustentabilidade ambiental, a compostagem cumpre um papel fundamental no século XXI, principalmente por diminuir o volume de resíduos encaminhados aos aterros sanitários, com seus inúmeros problemas e impactos.
Pioneira no serviço de coleta para compostagem na cidade de São Paulo, a Planta Feliz iniciou suas atividades em março de 2020.
A empresa, que opera o primeiro pátio privado de compostagem da capital e atende as quatro regiões da cidade, processa atualmente cerca de oito toneladas de resíduos orgânicos e produz aproximadamente 2,4 toneladas de adubo mensalmente.
Com 220 clientes residenciais e alguns empresários comprometidos com a sustentabilidade de suas atividades, incluindo algumas escolas, a Planta Feliz oferece assinaturas a partir de R$ 50. Os assinantes têm 25% de desconto na compra dos adubos.
O material orgânico está disponível para venda online e em revendedores locais, como o Instituto Chão, Instituto Feira Livre e Instituto Baru.
Além do serviço de compostagem, a Planta Feliz também se dedica à educação ambiental. A empresa promove cursos, oficinas, visitas pedagógicas e turismo rural em seu pátio de compostagem.
“Essas atividades permitem que as pessoas conheçam de perto o processo de compostagem e os esforços de preservação da Mata Atlântica”, explica Marina Sierra, sócia-fundadora da empresa.
Clique aqui, tire suas dúvidas e saiba como contratar o serviço da Planta Feliz
A IBI Terra Viva, cujo nome significa "terra em que pisamos" em Tupi Guarani, começou a oferecer seus serviços no final de 2021.
A empresa, que tem seu pátio de compostagem na região de Osasco, próximo à divisa com a capital, composta cerca de 3,2 toneladas de resíduos orgânicos coletados nas regiões sul e oeste da cidade, e produz uma tonelada de adubo por mês.
A IBI Terra Viva conta com 75 clientes assinantes, entre pessoas físicas e jurídicas. As assinaturas mensais variam de R$ 60 a R$ 88. Escolas, restaurantes e outros estabelecimentos são cobrados com base na quantidade média de resíduos, local e frequência da coleta.
Parte do adubo produzido é destinada a uma horta orgânica que fornece alimentos saudáveis para diferentes comunidades, enquanto o restante é comercializado. A empresa oferece oficinas em sua horta e pátio de compostagem, além de receber visitas de instituições de ensino e de outras organizações interessadas.
“Também mantemos pontos fixos de coleta de resíduos nas escolas. Assim, fortalecemos a educação ambiental e promovemos a mudança de hábitos em casa e no ambiente de aprendizado”, conta Viviane Maximino, diretora da empresa.
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Com o sonho de ajudar a construir um mundo sem lixo, a Realixo foi fundada em 2022 na cidade de São Paulo.
A empresa opera dois pátios de compostagem (Jaguaré e Piqueri), atende todas as regiões da cidade, coleta e processa cerca de dez toneladas de resíduos orgânicos por mês.
Com 350 clientes residenciais e 28 pessoas jurídicas (restaurantes, padarias, escritórios, lojas e escolas), a Realixo oferece assinaturas a partir de R$ 30 e elabora planos de gerenciamento de resíduos de eventos que buscam ser Lixo Zero.
Todo o material orgânico produzido é doado para hortas urbanas parceiras.
“Queremos democratizar o acesso a este tipo de serviço para as pessoas que moram em casa ou apartamento e gostariam de ter uma composteira, mas não têm tempo ou espaço suficiente”, Andrea Lehner, fundador da empresa.
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