26 de Novembro de 2024,10h00
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A última rodada de negociações do Tratado Global do Plástico começou na última segunda-feira (25) na Coreia do Sul.
O evento reúne representantes de 175 países e tem como objetivo elaborar um acordo internacional que aborde a poluição plástica em todas as suas fases, desde a produção até o descarte.
Com o aumento da presença de resíduos plásticos nos oceanos, solos e ambientes urbanos do mundo todo, a criação de um tratado internacional tornou-se uma prioridade para os governos e organizações ambientais.
Maior produtor de plásticos da América Latina e oitavo maior poluidor plástico do mundo, o Brasil ganha cada vez mais responsabilidade e relevância nas discussões.
Especialistas ouvidos pelo Recicla Sampa apontam que o país deve adotar um papel mais ativo e ambicioso nas negociações, a fim de contribuir de maneira significativa para a solução do problema global.
Entenda a negociação
Mais de 3,8 mil participantes se registraram para participar do INC-5, representando mais de 170 países e mais de 600 organizações observadoras.
O número é superior ao observado nas quatro rodadas anteriores, a INC-1, realizada em Punta del Este, em novembro de 2022; a INC-2, em Paris, em junho de 2023; a INC-3, em Nairóbi, em novembro de 2023; e a INC-4, em Ottawa, em abril de 2024.
Além disso, o encontro em Busan foi precedido por reuniões ministeriais, consultas regionais e um diálogo com observadores.
O objetivo da negociação é desenvolver um instrumento internacional juridicamente vinculante sobre poluição plástica, incluindo no ambiente marinho, O INC-5 é focado em finalizar o texto do acordo.
Dentre as motivações para o tratado está o fato de que alguns plásticos podem levar até mil anos para se decompor. Mesmo depois desse prazo, eles se transformam em partículas cada vez menores que perduram e poluem.
No Brasil, a mobilização para combater a poluição plástica já se reflete em algumas iniciativas importantes, como o Projeto de Lei 2524/2022, em tramitação no Senado.
O PL propõe a eliminação de plásticos desnecessários do mercado, como canudos, sacolas e outros itens de uso único, além de impulsionar a adoção de um modelo de Economia Circular, onde os materiais plásticos são reutilizados e reciclados, reduzindo o impacto ambiental.
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