15 de Maio de 2025,10h00
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Nova York deu início a um dos programas mais ambiciosos de sustentabilidade urbana dos Estados Unidos e desde o último mês de abril, a compostagem se tornou obrigatória para todos os moradores da cidade.
Agora, restos de comida, folhas secas e resíduos orgânicos precisam ser separados do lixo comum e depositados em lixeiras específicas, fornecidas pela prefeitura.
O objetivo é reduzir o volume de resíduos enviados aos aterros sanitários da região e diminuir as emissões de gases de efeito estufa gerados por sua população.
A nova medida complementa o sistema de coleta seletiva já existente e vale para os cinco distritos nova-iorquinos. Para garantir adesão, a cidade adotou penalidades: quase duas mil infrações foram registradas na primeira semana, com multas aplicadas aos que descumpriram a regra.
A rigidez provocou críticas. Moradores alegam que o governo deveria investir mais em educação ambiental do que em punições, já que separar o lixo corretamente ainda é um desafio para muitas pessoas.
Apesar disso, os primeiros resultados animaram autoridades e ambientalistas: em sete dias, Nova York coletou cerca de 1.134 toneladas de resíduos compostáveis, um volume superior ao registrado no mesmo período de 2023.
Especialistas ressaltam, no entanto, que o sucesso da política depende de ações contínuas de conscientização e engajamento popular — como ocorre em São Francisco, Califórnia, referência mundial na gestão de resíduos orgânicos.
Mesmo com avanços, o plano nova-iorquino enfrenta impasses. Parte do material é destinado à geração de biogás, que ainda pode provocar impactos ambientais. Outra parcela é enviada a usinas de compostagem em outros estados.
Modelos como de São Francisco, por exemplo, mostram que é possível fechar o ciclo de forma mais ecológica e usar o composto como fertilizante agrícola em plantações urbanas e periurbanas.
Em resumo, a iniciativa de Nova York, apesar dos obstáculos, representa um marco para as metrópoles globais. Se bem-sucedida, pode inspirar outras cidades a adotarem políticas verdes mais corajosas e mudarem na prática a cultura urbana do lixo.
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