16 de Outubro de 2024,13h00
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Há 30 anos, a Coreia do Sul reciclava menos de 3% dos resíduos alimentares. Hoje, o país atingiu a impressionante marca de 97%, graças a uma legislação rigorosa, a avanços tecnológicos, além de uma mudança significativa na mentalidade da população.
Tudo começou em 1995, quando o governo sul-coreano implementou um sistema de gestão de resíduos que evoluiu com o tempo.
Entre as medidas adotadas, a mais impactante foi a cobrança de taxas com base no volume de lixo gerado por cada residência ou estabelecimento comercial.
Outra medida dura foi a proibição do descarte de resíduos orgânicos em aterros no ano de 2005, que forçou o país a investir em soluções inovadoras.
A partir dessa nova realidade, houve a instalação de unidades de compostagem em larga escala e o desenvolvimento de tecnologias para converter restos de alimentos em biogás e fertilizantes.
Vale destacar que o compromisso do governo com a sustentabilidade foi acompanhado por uma intensa campanha de educação ambiental e conscientização pública.
Os sul-coreanos passaram a entender a importância de separar os resíduos corretamente e de participar ativamente nos processos de reciclagem.
Essa mudança de comportamento mostrou-se fundamental para alcançar os níveis atuais de reaproveitamento do lixo orgânico.
No Brasil, o cenário é diferente. Os resíduos orgânicos representam 50% do lixo gerado pela população, mas grande parte ainda vai parar em aterros e lixões irregulares, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa e o desperdício de recursos valiosos.
A experiência sul-coreana mostra que com políticas públicas eficazes e o desenvolvimento de tecnologias adequadas, é possível transformar um passivo ambiental em soluções sustentáveis.
Em resumo, ao seguir o exemplo da Coreia do Sul, o Brasil pode dar passos importantes rumo à sustentabilidade.
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