03 de Marco de 2022,15h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
Usar a imaginação e encontrar uma nova função para um resíduo que teria como destino um aterro sanitário é fundamental para a construção de um mundo sustentável, onde as pessoas assumem a responsabilidade pelo lixo que geram.
E foi exatamente isso que o pessoal do Movimento Floresta Urbana fez ao idealizar, em parceria com uma grande fabricante de roupas, o projeto Painel Verde, instalado na famosa rua Oscar Freire, zona oeste da capital de SP.
A iniciativa reaproveitou calças jeans velhas ou que não passaram pelo controle de qualidade nas fábricas para a construção de um jardim vertical de plantas ornamentais.
O sistema, fixado na fachada da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), ainda conta com uma bomba e um painel solar para a captação da água da chuva.
E a boa notícia é que qualquer um pode fazer o mesmo esquema na sua casa ou no seu condomínio.
Basta cortar as calças em alguns pedaços e costurar “grandes bolsos”. E não necessariamente precisam ser jeans. Outros resíduos têxteis também servem. Aí é só colocar no painel, transplantar as mudas e esperar crescer.
Em função da baixa capacidade de retenção de água, a dica é procurar espécies de plantas que suportam bem a seca e não precisam de regas diárias e constantes.
O resultado final é um jardim vertical muito bonito e que ainda reutiliza resíduos têxteis para ser construído, que são um problemão para o meio ambiente.
A indústria da moda é responsável por cerca de 8% da emissão de gases do efeito estufa, de acordo com parecer das Nações Unidas, atrás apenas das indústrias de petróleo e gás.
No Brasil, são geradas aproximadamente 170 mil toneladas de resíduos têxteis todos os anos e apenas 20% são reciclados. O resto, 135 mil toneladas, acaba nos aterros sanitários ou no meio ambiente.
Texto produzido em 04/03/2022
Data para reforça papel da gestão correta dos resíduos para a sustentabilidade ambiental
Cidade coleta mais de mil toneladas de resíduos orgânicos em uma semana
Estudo estima que Brasil perde até um milhão de vagas ao desperdiçar materiais
Transação pioneira marca avanço inédito no setor de economia circular do país