21 de Janeiro de 2020,11h00
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De acordo com o relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 40% a 50% de raízes, frutas e hortaliças produzidas para o consumo no mundo são desperdiçadas anualmente. Essa quantidade, conforme publicado no documento, seria suficiente para alimentar 2 bilhões de pessoas. Pensando nisso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), pioneira na elaboração de soluções tecnológicas contra o desperdício de comida, criou uma embalagem comestível, utilizando componentes como maracujá e pimentão.
A inovação é resultando de décadas de pesquisas feitas no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA). Inicialmente, o estudo utilizava apenas a polpa de frutas, mas agora já alcançou uma etapa onde até as cascas são reaproveitadas.
“A proposta é o reaproveitamento de frutas e hortaliças, em formato de película, para servir como alimento e aumentar o tempo de vida desses produtos em até dois anos”, declarou o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Instrumentação, José Manoel Marconcini, ao site da corporação.
Para a confecção dos plásticos sustentáveis, as sobras são transformadas em purês, nos quais são adicionadas substâncias para criarem rigidez e ganharem um aspecto parecido com os convencionais filmes plásticos. E por ser fabricado com alimentos, o produto é totalmente comestível. Segundo Marconcini, em entrevista ao programa Brasil Rural, da Rádio EBC, a invenção pode ser utilizada como um embrulho interno ou sacolas de uso rápido. O material, porém, ainda não é resistente à água.
Durante a conversa, José Manoel garantiu que o item desaparece completamente do ambiente em 60 dias. No momento, a embalagem está em fase de produção piloto e busca de parcerias para chegar à indústria alimentícia.
Texto produzido em 20/08/2019
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