18 de Outubro de 2021,18h00
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Projetada para priorizar a sustentabilidade e oferecer moradias de baixo custo para famílias carentes, as casas da empresa libanesa Lifehaus são totalmente autossuficientes, utilizam resíduos reciclados, de origem natural e são zero emissão de carbono.
A preferência fica para os materiais tradicionais da região, como argila, terra, pedras, cânhamo, cana ou feno. Madeira e bambu também costumam ser usados quando disponíveis.
Aumentam a lista os materiais reciclados, como pneus velhos para ajudar na sustentação das paredes principais e garrafas de vidro para as janelas.
Fundada pelo arquiteto libanês Nizar Haddad, a Lifehaus já é pioneira no Oriente Médio na área da habitação sustentável. A ideia para o projeto surgiu em 2014 com Haddad e a jornalista Nadine Mazloum, australiana especializada em meio ambiente.
Depois de muito estudo e projetos realizados, o resultado foi um protótipo de uma casa que permite gerar sua própria eletricidade e onde é possível cultivar seus próprios alimentos, com uma estufa de cultivo e painéis solares para a geração de energia renovável.
Além disso, as moradias promovem um consumo consciente de água reaproveitada da chuva. E a melhor parte é que o preço é cerca da metade do custo médio de uma casa libanesa, que é cerca de US$ 800 por metro quadrado.
O projeto da Lifehaus espera também inspirar outras iniciativas parecidas ao ir na contramão da indústria da construção libanesa, que é uma das principais responsáveis pela desertificação no país.
Além disso, o Líbano sofreu recentemente uma crise de lixo com os resíduos sendo deixados nas ruas por meses sem serem recolhidos. Por isso, as moradias projetadas pela Lifehaus contam, inclusive, com um sistema de compostagem de lixo orgânico para uso no jardim como fertilizante.
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