03 de Dezembro de 2024,10h00
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Desde 2019, grandes empresas petroquímicas, como ExxonMobil, Dow, Shell, TotalEnergies e ChevronPhillips, prometeram combater a poluição plástica por meio da Aliança para Acabar com o Lixo Plástico (AEPW).
O objetivo era retirar 15 milhões de toneladas de resíduos do meio ambiente até 2023, meta que foi posteriormente abandonada em 2022, sob a justificativa de ser ambiciosa demais.
Recentemente, um estudo do Greenpeace revelou um contraste entre as promessas feitas pelas gigantes do setor e suas reais ações.
De acordo com a pesquisa, nos últimos cinco anos, as empresas responsáveis pela AEPW produziram mil vezes mais plásticos do que conseguiram remover do meio ambiente, numa clara disparidade entre discurso e prática.
A quantidade de plásticos gerada por essas corporações segue crescendo, enquanto os esforços de reciclagem e coleta são insuficientes para lidar com o volume de resíduos gerados por suas atividades.
Ou seja, a falha da Aliança não se limita apenas ao abandono de metas ambiciosas, mas também reflete a falta de compromisso em buscar soluções reais para o problema.
Em vez de reduzir drasticamente a produção de plásticos, muitas dessas corporações se concentraram em ações pontuais de reciclagem e coleta, que, embora importantes, são desproporcionais à escala do problema.
A AEPW se mostrou mais uma estratégia para desviar a atenção de propostas mais duras e eficientes, como a proibição de plásticos de uso único, que ganham força no cenário global.
“As ações de reciclagem que eles divulgam são insuficientes diante da quantidade massiva de plástico que continuam produzindo. A solução está em cortar drasticamente a produção”, opina Will McCallum, diretor executivo do Greenpeace UK.
Em resumo, a pesquisa do Greenpeace coloca em evidência uma questão central para o futuro do planeta: até quando as grandes empresas vão adiar ações significativas para enfrentar a crise plástica enquanto continuam a gerar volumes cada vez maiores de resíduos?
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