24 de Marco de 2023,14h00
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Os pacotes flexíveis que armazenam alimentos como salgadinhos, chocolates e bolachas representam 40% das embalagens de plástico fabricadas no mundo, revela um estudo da Nova Economia do Plástico, ONG com sede nos EUA.
Ainda segundo a pesquisa, este tipo de plástico é utilizado para embalar em torno de 215 bilhões de produtos, isso só no Reino Unido.
Nos EUA, as embalagens flexíveis representaram apenas 2% dos materiais reciclados na coleta seletiva domiciliar em 2020.
No Brasil, apesar de existir um projeto piloto de logística reversa em São Paulo, ele é irrelevante se comparado ao tamanho do impacto ambiental causado por este tipo de resíduo.
Em resumo, quando não são incineradas em algum país de primeiro mundo, essas embalagens acabam quase sempre nos aterros sanitários ou são descartadas no meio ambiente.
Mas por que ela ainda não é reciclada?
Embalagens de salgadinho são produzidas em plástico BOPP, aquelas que são impressas por fora e metalizadas por dentro.
E por ser fabricado em diferentes camadas, esse tipo de plástico é super difícil de reciclar.
No contexto das técnicas de reciclagem, tudo o que é fabricado em camadas dificulta a circularidade.
Afinal, antes de reciclar, é preciso separar os diferentes tipos de materiais.
É verdade que já existem tecnologias para o seu reaproveitamento em alguns países da Europa, mas o resíduo ainda não interessa para o mercado aqui no Brasil.
Ou seja, mesmo que você descarte corretamente, muito provavelmente vai virar rejeito de aterro sanitário.
Portanto, evite o consumo de produtos embalados em plásticos de uso único, inclusive o BOPP, e cobre dos fabricantes projetos de logística reversa mais robustos para o setor.
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