17 de Junho de 2019,11h00
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A morte de um golfinho, no litoral Sul de São Paulo, por conta de um lacre plástico que impedia sua alimentação, foi assunto no final de 2018 e trouxe à tona o risco que esses materiais representam para o meio ambiente. Exames realizados com o animal morto apontaram a presença de pedaços de plástico em seu intestino, o que confirma que o resíduo destinado incorretamente continua sendo o maior vilão dos oceanos.
Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade de Exeter, do Laboratório Marinho de Plymouth e do Greepeace, acaba de anunciar mais um fato sobre esse material: um estudo que analisou 102 tartarugas marinhas de sete diferentes espécies detectou que todas elas tinham plástico em seu organismo. Os dados do estudo sugerem que mais de 800 partículas sintéticas foram encontradas nos animais analisados, sendo que as espécies retiradas do Mediterrâneo aparecem com níveis mais altos do que as das outras duas bacias oceânicas (Atlântico e Pacífico).
De acordo com o estudo, apenas uma amostra do conteúdo intestinal foi analisado e representa uma contagem mínima do número de partículas que podem estar no intestino de cada tartaruga. Isso significa que esse número pode ser 20 vezes maior do que o detectado. Para o professor Brendan Godley, um dos autores do estudo, é realmente uma pena que todas as tartarugas marinhas já tenham ingerido microplásticos. "No momento, esta não é a principal ameaça para este grupo de espécies, mas é um sinal claro de que precisamos agir para melhor gerenciar o lixo global", diz em matéria publicada pela Universidade de Exeter.
Embora o estudo tenha sido bem sucedido, a Dra. Penelope Lindeque, do Laboratório Marinho de Plymouth, vê seus resultados com preocupação. Ela conta que quase todas as espécies de animais marinhos que o instituto observou possuem o material no organismo, o que é alarmante. “Este estudo fornece mais evidências de que todos nós precisamos ajudar a reduzir a quantidade de resíduos plásticos liberados em nossos mares e manter oceanos limpos, saudáveis e produtivos para as gerações futuras", explica.
Tenha acesso ao estudo na íntegra aqui.
Fontes: Hypeness, Microplastic ingestion ubiquitous in marine turtles, Universidade de Exeter
Texto produzido em 11/01/2018
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