02 de Junho de 2025,10h00
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Uma nova proposta legislativa da União Europeia pretende obrigar grandes marcas e e-commerces a financiar sistemas de coleta, triagem e reciclagem de roupas.
A medida se baseia na responsabilidade estendida do produtor, princípio que transfere às empresas o custo pelo ciclo completo dos produtos que colocam no mercado.
A proposta surge num momento de alerta: segundo a Agência Europeia do Ambiente, o consumo de têxteis na UE bateu recorde em 2022.
Cada cidadão comprou, em média, 19 kg de roupas e calçados, dois quilos a mais do que em 2019.
O crescimento acelerado expõe o desequilíbrio entre consumo e sustentabilidade, apesar de estratégias para economia circular estarem em vigor na região desde 2020.
Para especialistas, o ritmo de transição para modelos sustentáveis ainda é lento, mesmo com iniciativas como aluguel de roupas, reciclagem e programas de logística reversa.
Um exemplo citado é a marca holandesa Mud Jeans, que aluga calças jeans por até um ano e transforma as peças antigas em novas, fechando o ciclo produtivo.
Para os legisladores europeus, o grande desafio será equilibrar metas regulatórias ambiciosas com um setor que historicamente depende do consumo em massa para crescer.
A proposta da UE representa uma tentativa de mudar essa lógica e insere a sustentabilidade como obrigação, não mais como opção estratégica.
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