28 de Janeiro de 2022,12h00
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Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (28) no portal UOL, a empresa Jaepel Papeis importou em junho do ano passado papelão misturado ao lixo doméstico dos EUA de forma ilegal para o Brasil.
O texto, produzido por uma equipe do Columbia Journalism Investigations, afirma que o Ibama interceptou 73 contêineres vindos dos Estados Unidos.
Ainda de acordo com o Ibama, o papelão estava misturado com resíduos de uso único de coleta residencial como pratos descartáveis, latas, fraldas, luvas cirúrgicas e máscaras de proteção.
A denúncia indica que a empresa foi multada em R$ 44 milhões, mas recorreu da decisão e o processo encontra-se em andamento.
Embora a Jaepel, que tem sede em Goiás, negue irregularidades no procedimento, as normas nacionais e internacionais impõem controles rígidos sobre as movimentações nas fronteiras deste tipo de lixo.
Portanto, as autoridades brasileiras investigam o caso como tráfico ilegal de resíduos perigosos e foi emitido um alerta de atenção para todos os portos do país.
Por e-mail de sua assessoria de imprensa, a empresa preferiu não responder aos questionamentos da reportagem do CJI e afirmou não ter informações para atender as demandas dos repórteres.
Para quem não sabe, é uma prática comum os países ricos exportarem lixo para ser reciclado no terceiro mundo. Também é comum enviarem os resíduos não recicláveis para serem descartados em aterros sanitários e lixões dos países pobres.
Recentemente, os governos das Filipinas e da Malásia, dois dos principais destinos do “lixo dos ricos”, resolveram dar um basta nessa história e proibiram a prática.
A China, desde 2018, também proíbe a importação de lixo dos países ricos, seja reciclável ou não.
Texto produzido em 28/1/2022
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