15 de Junho de 2023,16h00
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Especializada em economia circular, a Circulate Capital promete investir cerca de R$ 300 milhões para impulsionar a reciclagem do plástico na América Latina.
De acordo com informações do Capital Reset, a iniciativa conta com apoio de petromquímicas como Chevron, Phillips, Chemical, Dow, além de fabricantes de bens de consumo como Danone e Unilever.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a plataforma de impacto Builders Vision também prometem apoiar o projeto.
Na primeira etapa, Brasil, Chile, Colômbia e México aparecem como prioridade. O argumento são condições favoráveis para o desenvolvimento de projetos de logística reversa no setor.
Mas ainda não se sabe quanto exatamente será destinado ao Brasil, que concentra 164 das 700 empresas identificadas para receberem os aportes.
O que foi informado são as áreas de atuação: aperfeiçoamento do sistema de coleta e triagem, processamento para agregar valor aos resíduos e criação de novas tecnologias.
A humanidade produz cerca de 460 milhões de toneladas de plástico por ano. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, sem medidas urgentes, esse número deve triplicar até 2060.
Globalmente, 46% dos resíduos plásticos acabam nos aterros sanitários, 22% são mal descartados e vão parar no meio ambiente, 17% são incinerados e 15% são coletados para reciclagem, com menos de 9% realmente reciclados.
A poluição plástica marinha aumentou 10 vezes desde 1980 e já afeta pelo menos 267 espécies animais, incluindo 86% das tartarugas marinhas, 44% das aves marinhas e 43% dos mamíferos marinhos.
De acordo com um estudo do Pnuma, mais de 14 milhões de toneladas de plástico entram e danificam os ecossistemas aquáticos anualmente no mundo todo.
Além disso, espera-se que as emissões de gases de efeito estufa associadas aos plásticos representem 15% do total de emissões permitidas até 2050 se a humanidade limitar o aquecimento global a 1,5°C.
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