02 de Maio de 2024,18h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
Em meio ao ritmo frenético da produção moderna, as garrafas PET são ícones da conveniência e praticidade. Porém, por trás dessa aparente modernidade, reside um legado secular indesejado.
Afinal, é uma embalagem que é fabricada em alguns segundos, que tem vida útil de alguns minutos ou horas, mas que demora mais de 400 anos para se decompor.
Aí, você leva em consideração que a última estimativa, de 2021, indicou que aproximadamente 70 milhões de toneladas de garrafas PET foram produzidas em todo o mundo e pronto, temos um baita de um problema.
Para piorar, esses números continuam a aumentar ano após ano, reflexo do aumento do consumo global de bebidas e produtos embalados neste tipo de embalagem.
O impacto devastador dos plásticos no meio ambiente já é muito conhecido. Desde a extração de matéria-prima até a disposição final, cada etapa do ciclo de vida das garrafas PET carrega consequências ambientais significativas.
A poluição dos oceanos e ecossistemas, a contaminação do solo e dos recursos hídricos, e a ameaça à vida selvagem são apenas algumas de suas consequências.
A questão da reciclagem, muitas vezes pintada como solução, revela-se também como parte do problema. Embora o plástico possa ser reciclado, sua qualidade degrada-se a cada ciclo de reaproveitamento.
Após um número limitado de vezes, suas propriedades físicas deterioram-se a tal ponto que inviabilizam novos processos de reciclagem. O resultado? Toneladas de resíduos acumuladas em aterros e ecossistemas, sem destino final sustentável.
Portanto, a urgência de repensar nosso relacionamento com as garrafas PET é incontestável. O tempo para agir é agora, antes que o rastro desses resíduos deixe marcas irreparáveis no planeta.
Encontre pontos de coleta de lâmpadas, pilhas, eletrônicos, medicamentos e pneus
Estudo capitaneado pela Sea Shepherd Brasil analisou mais sete mil quilômetros de costa
Pontos de Entrega Voluntária da entidade já estão instalados em 305 municípios do país
Mais da metade dos trabalhadores do setor são mulheres e 62% são negros ou pardos