04 de Julho de 2024,18h00
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O Governo Federal anunciou no último dia 7 de junho uma série de investimentos destinados às cooperativas de reciclagem no Brasil.
A primeira liberação, de R$ 8 milhões, vai beneficiar mais de 15 entidades e associações do setor, fundamental para o desenvolvimento sustentável do país.
Lançado no Dia Nacional de Luta dos Catadores de Materiais Recicláveis, o documento foi assinado pela ministra Marina Silva em Brasília (DF) em evento que contou com a presença de representantes dos agentes ambientais.
O edital integra uma série de ações federais para estruturar o trabalho dos profissionais da coleta de forma permanente e transversal. As propostas devem ser enviadas pela plataforma Transferegov.br até o próximo dia 7 de agosto.
A expectativa é selecionar propostas para implementar, ampliar ou aperfeiçoar sistemas de coleta seletiva, triagem e tratamento de resíduos recicláveis secos e orgânicos.
Cada projeto poderá receber aporte mínimo de R$ 400 mil e máximo de R$ 800 mil, com execução em até três anos.
Os recursos foram disponibilizados pela Secretaria Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental (SQA) do MMA e pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA).
Em função da tragédia causada pelas chuvas e alagamentos, organizações do Rio Grande do Sul terão preferência nos aportes.
“As cooperativas e associações de catadores ficaram muitos anos sem ter investimentos diretos do governo. Esse edital é o primeiro para qualificar e voltar a investir em equipamentos e estruturas”, explica Adalberto Maluf, Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental.
Já Roberto Rocha, presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), destacou que atualmente muitas cooperativas estão sucateadas.
“Esse edital vem para contribuir e melhorar isso e, automaticamente, melhorar a qualidade de vida e a geração de trabalho e renda entre catadores e catadoras de materiais recicláveis”, comemorou Rocha.
"A política ambiental é uma política transversal, e a política dos catadores não é diferente", completou a ministra Marina Silva.
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