23 de Fevereiro de 2024,14h00
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Os indicadores de coleta de lixo melhoraram no Brasil, apontam os dados do Censo 2022 divulgados na última semana pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os números, 85% da população contava com a prestação de serviço em 2010. Agora, são 90% da brasileiros atendidos.
A má notícia é que em pleno século XXI aproximadamente 18 milhões de pessoas ainda estão sem coleta de lixo.
Para piorar, desse percentual, quase 8% afirmaram que queimam os resíduos em suas próprias residências.
"É como se fosse um lixão dentro de casa", disse Jaime Oliveira, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, vinculada à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em entrevista à Folha de SP.
Aqui na capital paulista, 99,7% da população é atendida pela Loga e pela EcoUrbis, concessionárias de coleta da cidade.
Com esse índice, São Paulo lidera o ranking brasileiro da coleta ao lado de capitais como Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, posição que mantém desde 2010, ano do último levantamento do IBGE.
Vale lembrar que todo lixo comum produzido nas residências paulistanas vai para Aterros Sanitários.
Ou seja, não há grandes lixões no município e todos os resíduos coletados pela Prefeitura têm a destinação final ambientalmente adequada.
Segundo um relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), dos 5.570 municípios brasileiros, aproximadamente três mil ainda descartam o lixo urbano em aterros irregulares.
Infelizmente, mais de uma década depois da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o país ainda apresenta alto índice de destinação incorreta do lixo, apesar do crescimento das taxas de reciclagem.
A PNRS tinha como objetivo zerar os aterros irregulares no Brasil até 2014, mas as metas acabaram continuamente prorrogadas. Para piorar, esses espaços passaram a receber ainda mais lixo.
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