20 de Setembro de 2024,12h00
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A indústria brasileira está preparada para reciclar baterias de veículos elétricos, é o que afirmam empresas do setor para o repórter Mário Sérgio Venditti, em reportagem publicado no Estadão.
Mas esse trabalho ainda vai demorar um tempo para começar. Afinal, há apenas cinco anos automóveis movidos à eletricidade são vendidos no país em escala comercial.
De acordo com especialistas, o tempo de vida útil dessas baterias fica entre oito e dez anos e após esse período elas ainda podem ser reutilizadas nas chamadas aplicações estacionárias, presentes, por exemplo, nos eletrodomésticos.
Dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) indicam que as baterias de lítio são 100% recicláveis, com uma taxa de reaproveitamento de 95% a 98% dos materiais.
Por sinal, este tipo de bateria não é uma novidade no Brasil. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), o país tinha, em 2023, 249 milhões de smartphones e 115 milhões de tablets e notebooks em uso, totalizando 42,2 mil toneladas dessas baterias ativas.
Isso quer dizer que as baterias de lítio, presentes na maioria dos veículos elétricos, utilizam a mesma tecnologia de aparelhos como telefone celular, notebook, bicicleta elétrica e aspirador de pó.
É exatamente por isso que a indústria brasileira, representada na reportagem pela Energy Source, Re-Teck e Lorene, diz estar pronta para reciclar as baterias de carros elétricos.
“Há 25 anos essas baterias fazem parte da sociedade brasileira”, afirma Marcelo Cairolli, diretor de infraestrutura da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e vice-presidente de negócios para América Latina da Re-Teck, companhia de logística reversa de eletroeletrônicos.
“Por isso, já temos experiência com a reciclagem de baterias”, revela Ariane Mayer, diretora de negócios e ESG da Energy Source, companhia de economia circular e tecnologia sustentável.
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