24 de Julho de 2020,12h00
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“Quando olho para um aterro, vejo uma mina de ouro”, conta Giulio Bonazzi, de 56 anos, fundador e presidente da fabricante de nylon Aquafil. O empresário enxerga no resíduo plástico a oportunidade de oferecer tecidos de nylon reciclado para a produção de roupas e acessórios de alta qualidade.
Para Giulio, o aumento do consumo sustentável e leis ambientais mais rígidas são ótimas oportunidades de vendas para o Econyl, fio de nylon que criou para sua empresa. O tecido é feito de material reciclado que pode ter sido um carpete, um plástico industrial ou até mesmo uma rede de pesca abandonada. “Podemos ter produto de ponta e um meio ambiente melhor”.
Bonazzi, figura conhecida entre os estilistas mais famosos do mundo, aposta na confecção de roupas com o tecido sustentável. E parece que seu movimento já está ganhando adeptos. A estilista britânica Stella McCartney informou que suspenderá o uso de nylon virgem até 2020 e vai começar a usar em peso o Econyl. Já outro cliente de Giulio, a italiana Gucci, afirmou que já utiliza o material da Aquafil.
Mas não são só eles. É possível que você tenha no armário maiôs, roupas de ginástica ou esportivas confeccionadas com o fio de nylon reciclado de Giulio sem nem saber. Para conhecer o tipo de material empregado nas roupas, basta conferir sua etiqueta. Se ela tiver a palavra “Econyl”, significa que há ali uma porcentagem de plástico reciclado. Marcas como Adidas, Levi Strauss & Co e a Speedo International são apenas três das clientes mais famosas que já utilizam o fio.
Giulio comemora o sucesso do material. Cerca de 40% das vendas de fibras têxteis da empresa Aquafil é do Econyl. O empresário ainda diz que as leis contra o uso excessivo de plástico na União Europeia estão ajudando na procura pela empresa. Companhias de plástico e consumidores de redes de pesca têm acionado o empresário para fazer a coleta e reciclagem do material.
“A esperança é que cada país entenda a importância dessa medida e atue rapidamente. O tempo para salvar o planeta está acabando”, desabafou.
Fonte: Valor Econômico
Texto produzido em 18/10/2019
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