01 de Setembro de 2021,12h00
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Gabriel Fernandes Mello Ferreira é o primeiro brasileiro a ganhar o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, que reúne estudantes inovadores de até 20 anos do mundo todo, encorajando seu interesse em desafios relacionados à água e à sustentabilidade.
Nascido e criado na região do Vale do Itajaí (SC), Gabriel criou um filtro que retira microplásticos da água e concorrendo com outros 32 projetos, faturou a premiação do júri popular com 26 mil votos.
De acordo com o Serviço Municipal de Água e Saneamento de Itajaí (Semasa), o mecanismo será instalado nos próximos dias em uma estação de tratamento da cidade.
Diretor de Saneamento Semasa, Victor Silvestre explica que a invenção é importante pois permite reter os materiais plásticos antes que eles cheguem ao fundo dos reservatórios.
"E ele também vai permitir que a gente consiga mensurar a quantidade de microplástico que efetivamente está entrando na estação de tratamento de água", avalia Victor.
"Meu plano é entrar na incubadora de uma universidade para criar uma empresa. E criar um filtro para várias cidades. Com Itajaí sendo pioneira, outras cidades vão querer também e a gente vai poder levar esse filtro muito longe", disse Ferreira ao portal G1.
Estima-se que mais de 8 milhões de toneladas de lixo plástico acabam nos rios e oceanos todos os anos e desde o primeiro momento que esses resíduos encontram as águas, os raios do sol, o vento e a ação das ondas passam a fragmentá-los em Microplásticos.
Em resumo, são pequenas partículas, geralmente com menos de um quinto de polegada de diâmetro, que entram na cadeia alimentar da fauna marinha e fluvial e podem chegar ao organismo dos seres humanos.
Um estudo recente produzido por um grupo de pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Pará revelou que cerca de 98% dos peixes coletados em nascentes e rios amazônicos estavam contaminados com plástico.
Outros estudos de grandes centros de pesquisa internacionais encontraram microplásticos em quase todas as fontes de alimento oceânicas, como crustáceos e moluscos.
Esses resíduos estão espalhados por todos os oceanos e rios dos quatro cantos do globo, desde o Monte Everest, o pico mais alto, até a Fossa das Marianas, o vale mais profundo.
Além disso, os microplásticos estão se decompondo em pedaços cada vez menores e microfibras plásticas foram achadas em sistemas de distribuição de água potável de várias cidades, onde também flutuam pelo ar.
O seu papel é fundamental para a redução do uso do plástico ou para seu reaproveitamento. Uma primeira dica é verificar se a produção do que você anda usando em casa é feita com plástico reciclável. Para isso, basta procurar o símbolo da reciclagem nas embalagens. São aquelas setinhas que apontam uma para outra em formato triangular.
A segunda dica é separar o lixo em dois: comum e reciclável. Assim, você garante que os resíduos plásticos sejam encaminhados para uma Central Mecanizada de Triagem ou para uma cooperativa de catadores de lixo reciclável.
Tenha duas lixeiras em casa para separar o lixo comum do reciclável, isso facilita o processo. Higienize suas embalagens antes de descartá-las para a coleta, o importante é utilizar água de reuso ou guardanapos sujos no procedimento. Fique atento aos dias e horários que o caminhão da coleta seletiva passa na sua residência, não misture os sacos do comum com os recicláveis. Coloque o lixo para coleta com poucas horas de antecedência, assim, ele não corre o risco de ser levado pela chuva, entupindo bueiros e causando enchentes.
Texto produzido em 1/9/2021
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