08 de Dezembro de 2021,15h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
Cientistas descobriram recentemente que uma série de espécies marinhas encontraram na Grande Mancha de Lixo do Pacífico um lugar perfeito para viver e se reproduzir.
Mas o que pode parecer uma boa notícia, infelizmente não é. Afinal, são animais vivendo a quilômetros de seus habitats naturais, mais especificamente entre a costa da Califórnia e do Havaí.
Ou seja, os pesquisadores estão preocupados com o fato de espécies invasoras utilizarem os acúmulos de lixo como se fossem balsas e chegarem a locais antes impossíveis por meios naturais.
Capitaneado pela Dra. Linsey Haram, do conceituado Centro de Pesquisa Ambiental Smithsonian, o estudo foi publicado na revista Nature Communications e examinou itens de plástico com mais de cinco centímetros de diâmetro.
Mas a descoberta mais reveladora, disse Haram, foi a diversidade de espécies costeiras encontradas em meio ao lixo coletado pela Ocean Voyages Institute, ONG parceira da pesquisa que recolhe resíduos plásticos dos oceanos em expedições à vela.
"Queremos entender como os plásticos podem ser um meio de transporte para as espécies invasoras chegarem às praias e como isso pode impactar ainda mais o meio ambiente", disse Haram à BBC News.
Segundo a equipe do Mar Sem Fim, quase todos os oceanos têm manchas estáticas de plástico e outros tipos de lixo.
O Atlântico Norte e o Sul, o Índico e o Pacífico. Entretanto, a Grande Mancha de Lixo do Pacífico é considerada a pior de todas em volume e tamanho.
Estimativas indicam que o acúmulo de plástico na região cobre cerca de 1,6 milhão de km2, ou cerca de três vezes o tamanho do França continental.
A mancha do Pacífico pode ser vista do espaço de tão grande. Dados apontam para aproximadamente 1,8 trilhão de plástico, com peso superior a 80.000 toneladas.
Pesquisadores da Universidade de Cádiz, na Espanha, revelaram que 80% dos resíduos encontrados nos mares do planeta contém plástico, enquanto 75% do lixo oceânico é composto de apenas dez itens diferentes.
O estudo também indica que apenas quatro itens representam 44% de todo o lixo encontrado nos oceanos.
Publicados na revista Nature Sustainability, os resultaram identificaram que, em média, em todos os ambientes marítimos, os quatro principais resíduos coletados foram: sacolas plásticas (14%), garrafas pet (12%) e embalagens e talheres, com 9% cada um.
Texto produzido em 8/12/2021
Iniciativa busca conscientizar crianças sobre gestão adequada deste tipo de resíduo
Descarte é gratuito e serão aceitos itens de todos os tamanhos, exceto pilhas e lâmpadas
Ações buscam promover Dia Mundial da Limpeza de Rios e Praias, celebrado em 20 de setembro
Setembro de Segunda Mão apresenta alternativas para reduzir impacto da indústria têxtil