25 de Outubro de 2019,12h30
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O percentual de brasileiros que se declaram fumantes caiu mais de 40% na última década, segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Apesar da boa notícia, uma pesquisa do movimento Mundo SEM Bitucas revelou que, no Brasil, 60% dos fumantes ainda têm o hábito de jogar bitucas de cigarro nas ruas. A estatística uniu jovens de diversas cidades para um mutirão de limpeza, que resultou na coleta de mais de 39 mil bitucas que, agora, receberão destino apropriado.
A “Caça às Bitucas - Montanha da Vergonha”, como foi nomeada, contou com parceiros e mobilizadores de 17 cidades do país, entre elas Recife, Cuiabá, Rio de Janeiro e São Paulo. Na maior cidade do país, a atividade aconteceu no famoso vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), palco de importantes mobilizações. Lá, foram recolhidas cerca de 10.462 bitucas em apenas 60 minutos, número que deixou a capital em primeiro lugar no ranking da coleta.
Com o objetivo de trazer luz aos riscos e perigos que o material descartado no chão causa ao meio ambiente, a mobilização contou com 146 voluntários que dedicarão 817 minutos à uma educação ambiental e cidadã. No Brasil, a iniciativa surgiu a partir da jovem Natalia Zafra Goettlicher, também idealizadora do movimento Mundo SEM Bitucas, que há quatro anos atua na conscientização de fumantes e não fumantes sobre os impactos do material.
"Queremos promover a educação ambiental e mostrar os verdadeiros impactos socioambientais que esta atitude incorreta causa para o nosso único planeta habitável", afirma.
Para a jovem, trata-se de um problema ambiental não apenas local e sim global. "Em um espaço pequeno é possível encontrar milhares delas. Isso não somente em São Paulo, como também nas outras 20 cidades participantes", reforça.
Em uma parceria com o movimento internacional No más colillas en el suelo, idealizado pelo ativista Miquel Garau Ginard, o mutirão aconteceu na mesma data em países como Estados Unidos, Espanha e Nova Zelândia. Entusiasmada com o resultado no Brasil e no mundo, Natalia acredita que por meio de ações como essas é possível construir um mundo melhor e sem bitucas para se viver em sociedade. "Não pararemos por aqui", garante.
Texto produzido em 26/09/2019
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