24 de Junho de 2025,10h00
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Durante a sessão plenária da Divisão de Plásticos do Bureau Internacional de Reciclagem (BIR), realizada na Espanha em 28 de maio, Alev Somer, diretora de Comércio e Meio Ambiente, confirmou que as negociações sobre o tratado global do plástico enfrentam um impasse.
Segundo a dirigente, o comitê está dividido entre dois blocos: países produtores de petróleo que defendem acordos voluntários e enfoque limitado ao fim da vida útil, e nações com maior ambição, que exigem obrigações legais em toda a cadeia do material.
Ou seja, o impasse nas negociações pode comprometer o andamento do tratado, especialmente pela dificuldade de garantir novos recursos financeiros caso não haja consenso até agosto.
Sem um acordo, o secretariado responsável não terá orçamento para dar continuidade às rodadas de debate.
Diante disso, cresce a possibilidade de que medidas complementares sejam adotadas em outras plataformas, como as convenções de Basileia e de Estocolmo, que tratam de substâncias químicas e resíduos perigosos.
Durante o encontro, os debatedores do BIR também destacaram os desafios enfrentados pelos recicladores de plásticos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a implementação da Responsabilidade Estendida do Produtor (EPR) avança em alguns estados. No entanto, a chegada de resina reciclada importada, com preços mais baixos, tem dificultado a competitividade da indústria local.
Na Europa e na Ásia, o cenário não é diferente. Fábricas de reciclagem fecharam as portas e os custos de produção continuam pressionados pela queda no preço dos plásticos virgens.
Em resumo, esse panorama reforça a urgência de políticas globais que fortaleçam a indústria da reciclagem e garantam sustentabilidade à cadeia de valor do plástico.
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