01 de Dezembro de 2023,14h00
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No fim do ano passado, a Assembleia Geral da ONU reconheceu formalmente a importância das iniciativas espalhadas pelos quatro cantos do mundo e proclamou 30 de março como o Dia Internacional do Lixo Zero.
A partir de 2023, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a ONU-Habitat passaram a liderar as celebrações anuais da data, que busca promover padrões de consumo e produção sustentáveis, além de aumentar a conscientização sobre como o conceito contribui no avanço da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
A data demanda reflexão sobre nossas práticas diárias e a adoção de uma economia circular. Isso significa garantir a redução do uso de recursos naturais e, consequentemente, das emissões de gases de efeito estufa ao longo do ciclo de vida dos produtos.
Nesta semana, a ONU lançou uma campanha capitaneada pela hashtag #ResíduoZero. O objetivo é chamar atenção para os impactos do descarte de resíduos sólidos na saúde humana, na economia e no meio ambiente.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, aproximadamente 11 bilhões de toneladas de lixo são coletadas no mundo por ano.
Só aqui no Brasil são cerca de 82 milhões de toneladas e menos de 5% desse volume é reciclado ou compostado.
Ainda de acordo com as estatísticas, a campeã de reciclagem no mundo é a Alemanha, com mais de 60% dos resíduos sólidos urbanos reciclados. Em seguida vem Coréia do Sul (59%), Áustria (58%), Eslovênia (58%) e Bélgica (55%).
"Ao tratar a natureza como um aterro sanitário, estamos cavando nossas próprias sepulturas. É hora de refletir sobre os custos que resíduos sólidos estão causando para o nosso planeta e de encontrar soluções para esta grave ameaça”, alerta António Guterres, secretário-geral da ONU.
Provavelmente você já ouviu ou leu o termo Lixo Zero em algum lugar. Pode ter sido de um professor da escola ou da faculdade, de um amigo preocupado em manter a sustentabilidade do planeta ou de algum jornalista engajado na defesa do meio ambiente.
Mas o que isso quer dizer exatamente? E por qual motivo essa é uma das pautas mais importantes do século XXI?
Bom, de acordo com a Zero Waste International Alliance (ZWIA), o conceito do termo pode ser resumido da seguinte forma: conservar os recursos naturais do planeta através de processos ambientalmente responsáveis de produção, consumo e reutilização produtos e embalagens. Seu objetivo é um criar um sistema econômico livre de resíduos enviados para aterros, máquinas de incineração, florestas e oceanos.
Na essência, o movimento busca alterar a cultura do “comprar, usar e descartar”. No lugar, promove uma abordagem mais circular e menos linear da forma como consumimos atualmente.
Seus princípios são orientados pela responsabilidade compartilhada por fabricantes, governos e população. Na verdade, o Lixo Zero busca investigar e alterar todo o ciclo de vida de um produto ou material, destacando ineficiências, práticas de produção e de consumo insustentáveis.
É uma ideia que pretende minimizar ou até extinguir o desperdício, desde a produção até o consumo final.
Sua meta é fechar o ciclo proposto pela economia circular e redefinir todo o conceito de resíduo, garantindo que os recursos permaneçam em uso pelo maior tempo possível antes de serem devolvidos à terra, de preferência com pouco ou nenhum impacto ambiental no momento do descarte.
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