15 de Outubro de 2021,18h00
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Em um vídeo publicado na BBC, o correspondente do veículo no continente africano, Thomas Naadi, mostra que Gana está atualmente com os seus aterros sanitários sobrecarregados devido ao grande volume de roupas usadas em mau estado de conservação que o país recebe semanalmente das nações ricas.
Toda semana, mais de 15 milhões de peças doadas para algumas ONGs por consumidores da Europa, China e dos Estados Unidos vão parar no país africano, onde são negociadas com comerciantes que as revendem.
O grande problema é que as remessas têm vindo cada vez piores, pois são fruto da indústria da moda fast fashion, marcada por peças baratas e pouco duráveis.
Por conta dessa baixa qualidade, elas não interessam aos comerciantes e nem aos consumidores ganenses, indo parar nos aterros, que tem se transformado em verdadeiros cemitérios da fast fashion.
Estima-se que cerca de 40% das roupas enviadas terminam em lixões. Alguns deles, localizam-se próximo às áreas marítimas, o que acaba facilitando que as peças sejam levadas para o mar pelas ondas.
Muitas dessas roupas são feitas com tecidos sintéticos como o poliéster, que quando vão parar na água liberam microplásticos. Essas micropartículas acabam sendo engolidas pelos peixes e outras espécies marinhas, que morrem asfixiadas depois.
O desperdício de peças que poderiam ser recicladas gera um prejuízo de US$ 500 bilhões por ano para a indústria da moda. Mas os maiores prejudicados acabam sendo os países pobres como Gana, que são transformados em verdadeiros depósitos de lixo para as grandes empresas produtoras dos países ricos.
Além do descarte inadequado, outro grande vilão é o consumismo desenfreado estimulado pela indústria da moda atual. No Ocidente, compra-se 60% mais roupas atualmente do que há 15 anos.
Por isso, é importante nós consumidores fazermos também a nossa parte e cobrarmos as grandes empresas a fazerem a sua parte no descarte adequado ou reciclagem das peças que produzem.
Uma outra dica é reduzir o consumo daquilo que não é extremamente necessário. Invista em poucas peças que tenham qualidade e que possam durar muitos anos.
Desde o primeiro momento que o lixo plástico chega ao mar, os raios do sol, o vento e a ação das ondas passam a fragmentar os resíduos em pequenas partículas, geralmente com menos de um quinto de polegada de diâmetro.
Conhecidos como microplásticos, esses resíduos estão espalhados por todos os oceanos e foram encontrados nos quatro cantos do globo, desde o Monte Everest, o pico mais alto, até a Fossa das Marianas, o vale mais profundo.
Além disso, os microplásticos estão se decompondo em pedaços cada vez menores e microfibras plásticas foram achadas em sistemas de distribuição de água potável de várias cidades, onde também flutuam pelo ar.
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