28 de Maio de 2025,10h00
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Mesmo com o aumento de 200 milhões de toneladas no uso de materiais reciclados entre 2018 e 2021, a economia global ainda extrai recursos em ritmo acelerado, é o que informa o Relatório sobre a Lacuna da Circularidade 2025 (CGR), publicado pela Circle Economy em parceria com a Deloitte.
O estudo alerta que o consumo de materiais superou o crescimento populacional e pressiona os sistemas de reciclagem, que se mostram insuficientes para conter a crise planetária de resíduos.
A análise revela que apenas 6,9% dos 106 bilhões de toneladas de materiais utilizados anualmente no mundo vêm de fontes recicladas.
Esse índice representa uma queda de 2,2 pontos percentuais desde 2015 e marca um novo ponto crítico para a transição à economia circular.
Segundo o CGR, mesmo que reaproveitássemos tudo o que é tecnicamente reciclável, a circularidade global subiria apenas para 25%, o que evidencia a urgência de reduzir o consumo geral de recursos naturais.
Entre as principais recomendações, o relatório propõe substituir matérias-primas virgens por recicladas, aumentar a eficiência em cadeias produtivas e projetar produtos com vida útil mais longa a partir de critérios de durabilidade, reparabilidade e modularidade.
A ideia é que a circularidade deixe de ser exceção e passe a orientar o design e a produção global.
Outro destaque do estudo é a constatação de que a maioria dos materiais reciclados ainda vem da indústria e da construção civil, enquanto apenas 3,8% têm origem no consumo doméstico cotidiano.
Isso reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à coleta seletiva, à educação ambiental e à valorização dos resíduos pós-consumo.
O relatório também apresenta o CGR Dashboard, um banco de dados com milhões de pontos coletados ao longo dos anos, que busca democratizar a informação e apoiar decisões de governos, empresas e sociedade civil.
Para os autores, sem metas globais e ação coordenada, o avanço da circularidade continuará sendo impedido por sistemas de produção ultrapassados e padrões de consumo insustentáveis.
Clique aqui e veja a íntegra do Relatório sobre a Lacuna da Circularidade 2025
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