26 de Dezembro de 2024,10h00
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Pesquisadores do Instituto do Mar (IMar) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) encontraram altos níveis de poluição na praia do Perequê, localizada no Guarujá (SP), com predominância de plásticos e bitucas de cigarro.
O estudo, realizado em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente da cidade, revelou que a maior parte do lixo encontrado vem das atividades turísticas. Os resultados foram publicados no conceituado Marine Pollution Bulletin.
A pesquisa teve como objetivo entender as fontes de contaminação da região, que integra a Área de Proteção Ambiental (APA Marinha Litoral Centro).
O coordenador do estudo, professor Ítalo Braga de Castro, explicou que foram usadas metodologias internacionais de monitoramento, como o programa Ospar, que envolve 15 países e a União Europeia e é focado na proteção dos ecossistemas marinhos.
“Antes de tomar decisões sobre ações de políticas públicas, a prefeitura queria entender exatamente o que estava acontecendo”, contou o professor.
Durante os anos de 2022 e 2023, a equipe coletou amostras nos finais de semana e dias úteis, tanto no inverno quanto no verão, em dez pontos da praia. Cinco desses pontos estavam na parte molhada e cinco na parte seca.
Em cada área de 100 m², todos os detritos acima de três centímetros foram recolhidos e classificados em categorias como plástico, metal, vidro, papel/papelão, roupa/têxtil, madeira e bitucas de cigarro.
“Esse método permite calcular índices de limpeza da praia e analisar os tipos de resíduos presentes", explicou Castro.
Com base nas coletas, os pesquisadores esperam contribuir para ações mais efetivas na gestão da poluição no local e sensibilizar sobre o impacto das atividades turísticas na contaminação das praias.
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