10 de Junho de 2019,12h00
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Há mais microplásticos no oceano do que estrelas no céu, dizem os cientistas. É tanta variedade dessas pequenas partículas, seja no oceano ou no ar, que eles, pasmem, acabaram chegando até o nosso intestino.
Um estudo apresentado em outubro em um congresso internacional de gastroenterologia realizado em Viena, na Áustria, mostrou que há mais de dez tipos de plásticos diferentes em nosso organismo. A análise, por meio das fezes, foi feita em oito voluntários de países distintos: Áustria, Finlândia, Holanda, Itália, Japão, Polônia, Reino Unido e Rússia.
Apesar do baixo número de participantes, o que chamou a atenção nos resultados da pesquisa é que os mesmos plásticos foram encontrados em habitantes de países distantes uns dos outros.
No período de uma semana, os voluntários anotaram tudo o que comiam: se era fresco, tipo de embalagem da comida, entre outras características. A maioria, no entanto, se alimentou de peixe. Sabe-se que esses animais ingerem plásticos do oceano.
Os participantes continham partículas de PP e PET, que são as substâncias encontradas nas tampinhas e garrafas plásticas. Os cientistas afirmaram que a presença desses componentes no corpo pode afetar a saúde, interferindo no sistema imunológico do intestino.
Existem outros estudos, mas realizados com animais, que mostraram que esses microplásticos podem entrar na corrente sanguínea, no sistema linfático e chegar até o fígado. Os resultados também mostraram que eles podem causar danos intestinais, como problemas em absorver o ferro, e danos nos rins.
No campo da pesquisa sobre os microplásticos, pode-se considerar que tudo é muito recente. Tanto que foi a primeira vez que os resultados de um estudo sobre as partículas no corpo humano foram apresentados em um congresso médico.
Texto produzido em 05/11/2018
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