18 de Marco de 2024,15h00
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Os microplásticos, pequenas partículas com dimensões menores do que cinco milímetros, representam uma ameaça silenciosa à saúde humana, é o que revela uma pesquisa recente publicada na conceituada revista Nature.
A investigação envolveu mais de 200 indivíduos submetidos a procedimentos cirúrgicos e descobriu que cerca de 60% dos pacientes possuíam micro e nanoplásticos em uma artéria principal.
Este grupo mostrou-se 4,5 vezes mais susceptível a experienciar eventos cardíacos adversos, como ataques cardíacos e AVCs, ou morte, em um período subsequente de 34 meses, em comparação com pacientes sem vestígios de plástico em suas artérias.
No entanto, os autores enfatizam que os resultados não confirmam uma relação direta de causa e efeito entre a presença de microplásticos e o aumento do risco de doenças.
Sugerem que outros fatores, como condições socioeconômicas, também podem influenciar os resultados de saúde observados.
Microplásticos se formam de duas maneiras: Na origem primária, são produzidas a partir de resíduos industriais, residenciais e até mesmo do transporte marítimo.
Na origem secundária, são resultado de processos de degradação de pedaços de plásticos maiores, que se fragmentam em partículas menores ao longo do tempo.
Independentemente de sua origem, os microplásticos têm um impacto significativo nos ecossistemas, principalmente nos aquáticos.
Seja em ambientes de água doce ou salgada, essas minúsculas partículas causam sérios prejuízos e afetam diretamente a cadeia alimentar dos biomas.
Pesquisas recentes publicadas pela National Geographic revelam que esses resíduos já estão espalhados por todos os oceanos e foram encontrados nos quatro cantos do globo, desde o Monte Everest, o pico mais alto, até a Fossa das Marianas, o vale mais profundo.
Além disso, os microplásticos estão se decompondo em pedaços cada vez menores (nanoplásticos) e microfibras plásticas foram achadas em sistemas de distribuição de água potável de várias cidades, onde também flutuam pelo ar.
Diante essa preocupante realidade, a tendência é que a fabricação e utilização de alguns tipos de plásticos sejam cada vez mais restringidas e, eventualmente, proibidas. Essas medidas são essenciais para minimizar os danos ambientais e construir um futuro ambientalmente sustentável.
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