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Pesquisa revela acúmulo de lixo em águas profundas do Brasil

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Equipe da USP foi pesquisar peixes e acabou surpreendida pelo volume de resíduos nas redes. Foto: Marcelo Roberto Souto de Melo / jornal.usp.br

Pesquisadores do Instituto Oceanográfico da USP identificaram pela primeira vez uma significativa presença de lixo em águas profundas ao longo da costa dos Estados de São Paulo e Santa Catarina.

O estudo, publicado no Marine Pollution Bulletin, revelou que a poluição se estende de 200 a 1.500 metros de profundidade, a aproximadamente 200 km da costa, conforme observações realizadas durante as expedições do projeto Deep-Ocean, financiado pela Fapesp.

O objetivo inicial do projeto era estudar a diversidade de peixes que ocorrem no mar profundo brasileiro. No entanto, os pesquisadores foram surpreendidos pela enorme quantidade de lixo coletado junto com os animais.

“Nas expedições, o foco eram os peixes de mar profundo, porém começou a vir muito lixo junto. Para mim, que estava na graduação, foi bem chocante. Então, nós decidimos triar o lixo que vinha junto ao invés de descartá-lo, separando por pontos de coleta”, conta a oceanógrafa Flávia Tiemi Masumoto, líder do projeto.

Dos 31 locais selecionados para a coleta nas regiões de Ilhabela e Florianópolis, em apenas três os peixes não vieram acompanhados de resíduos. Vale destacar que o lixo marinho encontrado no litoral paulista foi mais abundante do que em Santa Catarina.

“A rede trazia frequentemente embalagens de alimentos, sacolas plásticas, garrafas, latas e utensílios de pesca. Alguns desses resíduos eram materiais altamente tóxicos e prejudiciais ao meio ambiente, como tintas para embarcações e latas de óleo para motor”, conta o repórter Ivan Conterno em reportagem publicada no Jornal da USP.

Separados pela composição, o plástico representou mais da metade da quantidade do que foi coletado e esteve presente em todos os locais pesquisados. Em seguida vieram os metais (14%), os têxteis (11%), o vidro (7%) e as tintas de embarcações (6%). Outros tipos de itens somaram 17%.

Supervisor do estudo, o professor Marcelo Roberto Souto explica que a origem do lixo pode ser tanto o descarte no continente quanto diretamente no local.

“Como alguns compostos mais densos afundam rapidamente, é provável que tenham sido descartados pela tripulação de embarcações ou de plataformas, mas existe também a possibilidade de que as correntes marinhas transportem objetos com menor densidade, como as sacolas e embalagens plásticas” opina Marcelo.

Clique aqui e confira o artigo na íntegra no Jornal da USP


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