19 de Novembro de 2024,10h00
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Na última quinta-feira (14), primeiro dia de atividades autogestionadas do G20 Social no Rio de Janeiro, o trabalho dos catadores de materiais recicláveis ganhou destaque para a construção de uma cadeia produtiva ecologicamente responsável e socialmente justa.
O debate, focado no conceito de economia circular, contou com a presença de autoridades do governo federal, de representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis (MNCR) e da Associação Nacional das Catadoras e Catadores (ANCAT).
Liderança da ANCAT, Anderson Nassif chamou atenção para o papel fundamental das organizações da categoria na execução da logística reversa de embalagens, prevista pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010).
Embora a legislação obrigue os produtores a se responsabilizarem pelo destino ambientalmente correto dos resíduos, Nassif lembrou que poucas empresas cumprem efetivamente a lei. Como resultado, as cooperativas de catadores assumem a tarefa de reaproveitar as embalagens, porém sem remuneração adequada.
Diante esse desafio, Anderson falou sobre a experiência de liderar uma cooperativa onde os catadores trabalham em conjunto, tomam decisões coletivas e são remunerados de forma justa, em um ambiente de trabalho democrático.
Segundo ele, esse modelo não só preserva o meio ambiente, mas também promove inclusão social e marca posição no compromisso dos trabalhadores da reciclagem com práticas responsáveis e integradas.
Já para Carlos Alencastro Cavalcanti, catador, liderança do MNCR e mediador do debate, o mais importante é o Movimento dar o máximo de visibilidade à pauta, já que o G20 Social não é apenas um evento nacional.
“A nossa projeção nesse evento é para o mundo onde o G20 tem influência. Portanto, reafirmamos aqui nosso protagonismo pela história e ação concreta de inclusão sócio-produtiva da categoria”, discursou Cavalcanti.
Texto produzido com informações de Davi Amorim, do MNCR, em parceria com a Comunicação do G20 Brasil
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