26 de Julho de 2019,16h45
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Feita de alumínio e infinitamente reciclável, a latinha é a principal fonte de renda de muitas famílias que vivem da atividade. No Brasil, 98% de sua produção é reciclada, o que torna o processo totalmente circular, fazendo o produto retornar à prateleira em cerca de 60 dias. Foi por meio da renda de latinhas recicláveis que Guiomar Conceição dos Santos, da Cooperativa Sempre Verde, criou suas três filhas. "Eu sobrevivo há aproximadamente 25 anos só da reciclagem. Tenho uma filha formada na faculdade e duas que terminaram o ensino médio", conta em entrevista para o Hypeness.
De acordo com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), as mulheres são maioria entre os catadores de materiais recicláveis, representando 70% dos 800 mil trabalhadores em atividade no Brasil, revela dados de pesquisa de 2014 do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA). Mais valioso entre o material reciclado, o alumínio vale cerca de 4 reais o quilo, quase três vezes mais que o plástico, que em geral arrecada uma média de 1 real e 40 centavos.
“O valor não é o que eu gostaria, mas dá pra viver. Me sinto orgulhosa com meu trabalho”, afirma a cooperada Guiomar para o Hypeness.
Reconhecendo a força da maioria feminina que ocupa espaço nessa profissão, o projeto Mulher Catadora é Mulher que Luta visa a fortalecer as mulheres para que elas ocupem espaços de decisão e possam influenciar na construção de políticas públicas nas mais diversas cooperativas que atuam. Criado pela MNCR, em parceria com a Fundação Luterana de Diaconia, o movimento atende 24 associações de catadores de forma mais ampla e 31 associações com ações pontuais no estado do Rio Grande do Sul.
Fontes: Hypeness, MNCR, Mulher Catadora é Mulher que Luta
Texto produzido em 18/01/2019
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