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08 de Maio de 2018,15h35
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As latas, principalmente as de alumínio, estão sempre presentes na vida de milhares de brasileiros. Seja naquela cervejinha do fim do dia, no refrigerante e no chá gelado que acompanha o almoço, é certo que o volume de latinhas consumidas diariamente em nosso país é alto. Por isso, a reciclagem desses materiais é tão importante e você pode colaborar muito realizando a coleta seletiva.
Felizmente, o Brasil é o maior reciclador de alumínio desde 2001 – e parte desse sucesso se deve exatamente por conta das latinhas. Em 2016, nosso país reciclou 97,7% das latas produzidas por aqui – o equivalente a cerca de 280 mil toneladas de alumínio reaproveitadas.
Com este índice, o país ficou à frente do Japão e Estados Unidos, por exemplo, que reciclaram 76% e 64%, respectivamente, das latinhas de alumínio produzidas em seus territórios no mesmo ano.
Um dos grandes benefícios da reciclagem do alumínio é que ela serve de fonte de renda para milhares de brasileiros, que revendem as latinhas para que as próprias empresas produtoras de alumínio criem novos produtos com custos mais baixos. Outro ponto positivo do alumínio reciclado é que os materiais feitos a partir dele possuem a mesma qualidade de um novo.
Graças aos esforços da cadeia de reciclagem (fabricantes de chapas, de latas, envasadores de bebidas, cooperativas e recicladoras) e do governo para a conscientização da população, a reciclagem de latas de alumínio é um programa de sucesso com grande influência social, econômica e ambiental. Em 2016, apenas a etapa da coleta (compra de latas usadas) injetou cerca de R$ 947 milhões na economia nacional, gerando emprego e renda para milhares de pessoas, de acordo com dados da Abal – Associação Brasileira do Alumínio.
O aço é um metal totalmente reciclável, e pode voltar ao mercado em diferentes formas, desde carros, geladeiras e eletrodomésticos até acessórios variados, como tesouras e maçanetas. De acordo com a ONG Cempre – Compromisso Empresarial para Reciclagem, 46,7% de todas as latas de aço consumidas no Brasil em 2015 foram recicladas. Fazem parte desse montante, latas de bebidas; alimentos, como ervilha, milho e sardinha; tintas; massa corrida e produtos químicos.
Aproximadamente 200mil toneladas de latas de aço usadas retornaram para o processo de reciclagem no país, e este índice vem aumentando graças à ampliação de programas de coleta seletiva e educação ambiental.
As latas de aerossol e sprays não fazem parte do ciclo comum de reciclagem de metais. Seu conteúdo nem sempre é tóxico, porém, na maioria das vezes é considerado um composto orgânico volátil.
Existem cooperativas especializadas nesse tipo de material, mas são um número inexpressivo. Para se ter ideia, menos de 1% desse tipo de embalagem é reciclado em nosso país. Por aqui, ainda não existe um programa consolidado de logística reversa de embalagens de aço.
O melhor a fazer é evitar o uso de produtos que venham em latas deste tipo. Enquanto a reciclagem de lata aerossol não é acessível, a Associação Britânica de Fabricantes de Aerossol explica os cuidados mais importantes ao lidar com estas latas. São eles:
Mantenha os aerossóis longe do calor (inclusive do sol), em local seco e frio. A pressão dentro da lata aumenta muito no calor e pode causar explosão;
Não perfure aerossóis, mesmo quando estiverem vazios, porque sempre há alguma pressão e, possivelmente, algum produto restante que pode ser inflamável e causar ferimentos;
Nunca deixe aerossóis dentro do carro, porque, mesmo no inverno, as temperaturas podem subir rapidamente;
Não pulverize perto de uma chama/fogo;
Não fume quando estiver usando um aerossol ou logo em seguida;
Não pulverize perto de qualquer calor ou fonte de ignição (como uma chama piloto ou vela);
Mantenha os aerossóis longe das crianças.
Como já explicamos no conteúdo específico sobre reciclagem de alumínio, o Brasil é o país que mais recicla latas deste material no mundo. Um dos maiores benefícios da reciclagem das latinhas é a economia de energia elétrica.
A mineração de bauxita (principal matéria-prima do alumínio), assim como seu refino para criar um novo produto “do zero”, demanda altos gastos com eletricidade. Já a reciclagem do mesmo material consome apenas 5% desta energia para a produção de novas mercadorias.
E mais: são necessárias cinco toneladas de minério de bauxita para cada tonelada de novas latas de alumínio produzidas para substituir aquelas que não foram recicladas. Esse procedimento gera cerca de cinco toneladas de lama cáustica que pode contaminar as águas superficiais e subterrâneas e, por sua vez, afetar a saúde das pessoas e dos animais.
Por fim, a fundição do alumínio ainda produz óxido de enxofre e óxido de nitrogênio, dois gases tóxicos que possuem papéis importantes na poluição do ar e na chuva ácida.
As latas de aço também causam danos ao meio ambiente, pois demoram aproximadamente 100 anos para se decompor totalmente. Porém, o grave problema ambiental é o desmatamento, já que grandes volumes de terra precisam ser removidos para o processamento do minério de ferro (matéria-prima do aço).
Além disso, há a liberação de metais tóxicos durante a oxidação do ferro, o que é prejudicial à saúde e ao meio ambiente.
As latas de alumínio devem ser separadas do lixo comum ainda em casa (para que não parem em aterros sanitários), e, então, encaminhadas para a coleta seletiva.
As concessionárias de coleta domiciliar Ecourbis e Loga realizam serviço porta a porta na cidade de São Paulo. Para encontrar locais e horários de coleta, acesse os links http://www.ecourbis.com.br/ (regiões leste e sul da cidade) ou http://www.loga.com.br/content.asp?CP=LOGA&cod=790 (oeste, norte e centro). Você também pode procurar um Ponto de Entrega Voluntária (PEV) neste link. Existem ainda cooperativas que realizam as coletas em casa, basta clicar aqui e verificar se existe alguma que realize este tipo de serviço em seu bairro.
O descarte correto dessas latas é muito importante, principalmente daquelas que contêm produtos tóxicos (tintas, vernizes e solventes), já que estes podem contaminar o solo e os lençóis freáticos, caso parem em aterros.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê que os comerciantes e produtores de solventes, tintas e vernizes devem ser responsáveis pela coleta dos materiais usados em domicílios e indústrias para posterior reciclagem e reutilização das sobras dos produtos vencidos e devolvidos pelos consumidores.
Ao site Ecycle, a fabricante de tintas Coral aconselhou os consumidores a usarem o máximo possível da tinta adquirida e seguir as orientações contidas nas embalagens. Com relação às latas, a empresa indica o descarte nas lixeiras destinadas à reciclagem de metais da coleta seletiva.
Já as demais latas de aço devem ser separadas e encaminhadas para a coleta seletiva. Você pode procurar um Ponto de Entrega Voluntária (PEV) neste link. Também existem cooperativas que realizam as coletas em casa, basta clicar aqui e verificar se existe alguma que realize este tipo de serviço em seu bairro.
Apesar de poucas, existem cooperativas que realizam a coleta das latas de aerossol. Antes de pesquisar se alguma delas atende seu bairro aqui, separe-as do lixo comum e destaque as partes de plástico (que devem ser encaminhadas para a coleta seletiva de plástico).
Os lacres das latinhas devem ser descartados juntamente às latas. Isso porque sua composição é pobre em alumínio e seu valor comercial é baixo, e as empresas que fazem a reciclagem das latas não os aceitam separados das mesmas. Não existe reciclagem de lacres de latinhas.
Para se ter uma ideia, uma lata de alumínio pesa cerca de 14,5 gramas. Desta forma, são necessárias uma média de 70 latinhas para juntar 1kg do material. Já para atingir o mesmo peso apenas com os lacres, são necessários mais de 3.300 deles. Ou seja, separar os lacres é apenas perda de tempo e de dinheiro.
Apesar de seu baixo valor comercial, algumas ONGs, como a Lacre Amigo, aceitam doações do material e trocam por cadeiras de roda para necessitados. Para entender melhor o funcionamento do programa, basta clicar aqui.
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