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Reciclagem de lixo eletrônico: saiba quais erros evitar

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Lixo eletrônico. Foto: ltummy/shutterstock.com

Você acorda, pega o smartphone e verifica seu e-mail, as mensagens, as redes sociais. Depois, pronto para o trabalho, liga seu computador ou notebook. Se esta não é a sua realidade, com certeza é a de muitas pessoas ao redor do mundo. Porém, e na hora de se desfazer dos aparelhos? Será que o lixo eletrônico é reciclado como deveria?

Muitos ainda descartam incorretamente o lixo eletrônico (ou e-lixo), misturando-o ao lixo comum – que vai parar em aterros sanitários – ou até mesmo deixando-o nas ruas para que os catadores recolham.

O problema é que, por contar com diversos componentes químicos em seus circuitos – e a presença de metais pesados como mercúrio, berílio e chumbo –, isso pode resultar na contaminação dos lençóis freáticos. Além disso, o e-lixo pode causar problemas à saúde humana, já que nossos organismos não metabolizam essas substâncias (o chumbo, por exemplo, é prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso). Com isso, podemos ter problemas graves nos nervos e órgãos.

PILHAS E BATERIAS

Caso esteja na dúvida, pilhas e baterias também são um tipo de lixo eletrônico e devem ser descartadas corretamente para colaborar com o meio ambiente. Como explicamos em Tudo o que você precisa saber sobre reciclagem de pilhas, as pilhas e baterias possuem metais pesados prejudiciais, como mercúrio (a maioria das pilhas-botão, alcalinas e de óxido de prata), cádmio (pilhas recarregáveis), chumbo, zinco e níquel.

Caso sejam incineradas, resulta em gases que dão lugar a elementos tóxicos que contaminam o ar. Se descartadas em aterros ou nas ruas, podem intoxicar o solo, os rios, os vegetais e os animais, além de causar problemas à nossa saúde. Daí a importância do descarte correto.

NO BRASIL

O Brasil é um dos países que mais produzem lixo eletrônico em toda a América Latina. Dados do estudo “E-Waste na América Latina: Análise estatística e recomendações de política pública" mostram que foram produzidas 3,9 milhões de toneladas de e-lixo na região em 2014 – o equivalente a 9% de toda a produção global – e o Brasil foi o responsável por produzir 1,4 milhão de toneladas. A previsão da pesquisa é de que a América Latina produza 4,8 milhões de toneladas ainda em 2018.

A reciclagem de lixo tecnológico no Brasil, porém, ainda é um problema. Além da desinformação, grande parte do problema deve-se ao alto custo necessário para a reciclagem de eletrônicos. Alguns equipamentos possuem mais de 40 elementos – como cobre, ouro, prata, estanho, cobalto, paládio – e, para a realização do processo de reciclagem, é preciso que eles sejam separados um por um. Este procedimento de segregação de materiais distintos ainda é caro, e os custos com a logística para que os produtos cheguem até os (poucos) locais que o realizam são altíssimos, bem como os custos com a reciclagem de cada elemento.

COMO E ONDE RECICLAR LIXO ELETRÔNICO

Você pode fazer sua parte ainda em casa separando os materiais dos demais e encaminhando-os para pontos de coletas que estão disponíveis em mercados, estabelecimentos comerciais e lugares indicados por empresas que produzem aparelhos eletrônicos. Inclusive, elas são obrigadas por lei a oferecerem essas estruturas, o que faz parte da chamada “logística reversa”, um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Também é possível entrar em contato com ONGs que oferecem listas de catadores em diversas regiões, como a Cempre. Outra alternativa é encontrada na Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, que tem um núcleo voltado à reciclagem de eletrônicos. A instituição coleta peças de computadores e as transforma em um novo aparelho - ou separa e revende o lixo eletrônico.

As pilhas e baterias devem ser envolvidas em um plástico resistente para que não vazem (podendo contaminar outros objetos). Depois disso, é possível consultar os Postos de Entrega Voluntária (PEV) – pontos de coleta – para realizar a entrega.

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Eletrônicos sendo separados para reciclagem. Foto: OVKNHR/shutterstock.com

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