03 de Agosto de 2023,14h00
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Um relatório conjunto da Divisão de Desenvolvimento Econômico da Cepal e do Escritório da OIT para o Cone Sul da América Latina trouxe à tona uma abordagem inovadora sobre a relação entre reciclagem e emprego.
Segundo o documento, a transição para uma economia circular, onde a eficiência e a vida útil dos materiais são otimizadas, com enfoque em durabilidade, reparo, remanufatura, reutilização e reciclagem, poderia impulsionar a criação de 4,8 milhões de empregos até 2030.
Essa estimativa é respaldada pela projeção de que os setores de reprocessamento de aço, alumínio, madeira e outros metais desempenharão um papel crucial na geração de novas oportunidades de trabalho, superando as perdas de empregos associadas à tradicional extração de minerais e materiais.
O relatório ressalta a relevância dessas indústrias emergentes que abraçam a sustentabilidade ambiental do planeta e afirma que o impacto positivo será uma realidade incontestável.
Contudo, as perspectivas se tornam ainda mais promissoras quando consideramos a inclusão dos chamados "empregos verdes", que incluem setores como eficiência energética, energia renovável, transporte e mobilidade sustentável.
Ao somar essas áreas de atuação, estima-se que um impressionante total de 15 milhões de novos postos de trabalho poderiam ser gerados em toda a região do Cone Sul latino-americano.
No entanto, é importante destacar que essa é uma análise específica para essa área geográfica e que o impacto real pode ser ainda maior quando toda a América Latina e o Caribe são levados em consideração.
Vale ressaltar que a proposta de uma economia circular e os empregos associados à transição não são apenas números e estatísticas, mas também carregam um importante papel na proteção e bem-estar dos trabalhadores.
A OIT alertou em outro relatório que a degradação ambiental representa uma ameaça direta aos empregos e agrava as condições de trabalho, principalmente para os segmentos mais vulneráveis da população mundial.
Portanto, a busca pela sustentabilidade ambiental se apresenta cada vez mais como uma questão crucial de justiça social, e a transformação dos paradigmas econômicos pode ser a chave para um futuro mais equitativo e próspero para o continente.
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