23 de Dezembro de 2024,10h00
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O Brasil pode deixar de produzir 8,2 milhões de toneladas de resíduos plásticos até 2040 com a transição de itens descartáveis para alternativas mais sustentáveis, aponta estudo realizado pela consultoria Systemiq.
A pesquisa, encomendada pelas organizações Oceana e WWF-Brasil, também prevê a diminuição de 18 milhões de toneladas de CO₂ emitido, caso a substituição seja feita por materiais como papel, vidro, alumínio e compostáveis.
O país, maior produtor e poluidor de plástico da América Latina, é responsável por cerca de 8% do plástico que chega aos oceanos globalmente.
A pesquisa ainda destaca os impactos positivos dessa transição para o meio ambiente e para a economia.
Porém, o estudo também revela que a eliminação dos plásticos descartáveis afetaria cerca de 13 mil postos de trabalho diretos, embora a indústria de materiais alternativos tenha potencial para absorver boa parte dessa mão de obra.
Além dos benefícios ambientais, a transição representa uma oportunidade econômica. O mercado de materiais alternativos tem potencial para crescer até 53%, alcançando R$ 17,3 bilhões, com injeção de R$ 6 bilhões na economia.
A medida ainda contribuiria para o fortalecimento de negócios inovadores e a descarbonização do setor.
Em paralelo, o Projeto de Lei 2524/2022, que tramita no Senado, propõe a eliminação gradual dos plásticos descartáveis e a transição para materiais recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis.
A proposta quer reformular os padrões de produção e consumo no Brasil, e incentivar a Economia Circular do Plástico no país.
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