13 de Janeiro de 2022,18h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
A população brasileira produz mais de 78 milhões de toneladas de resíduos sólidos todos os anos e uma parcela considerável de todo esse lixo poderia ser reciclada. Mas segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), apesar de termos infraestrutura para reciclar pelo menos 30% desses resíduos, apenas 4% são descartados corretamente e reaproveitados.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), existem 1.153 cooperativas de resíduos sólidos devidamente registradas no país, que foram responsáveis pela coleta de 30,7% dos resíduos sólidos recolhidos em 2018, ano do último levantamento.
Esses espaços também são responsáveis por gerar emprego e renda para milhares de trabalhadores brasileiros. Portanto, ao separar corretamente o lixo reciclável você não faz apenas sua parte pelo meio ambiente, mas garante dignidade para pessoas em condições de vulnerabilidade social.
Ao ser descartado corretamente e coletado pelos caminhões ou pelos agentes ambientais, o lixo reciclável é encaminhado às Centrais Mecanizadas de Triagem ou às esteiras das cooperativas de reciclagem, onde o trabalho é feito de forma manual.
Aqui na capital de São Paulo, as duas Centrais Mecanizadas de Triagem, gerenciadas pela Loga e pela EcoUrbis, concessionárias de coleta da cidade, contam com mão de obra de cooperados devidamente cadastrados pela Prefeitura.
Nesses espaços, o lixo reciclável é separado em suas diferentes categorias: plástico, vidro, papel colorido, papel branco, papelão, jornais, entre outros. O processo de separação é complexo e é preciso atenção redobrada e equipamentos adequados para evitar acidentes.
Feito esse procedimento, os sacos com cada tipo de resíduo vão para a fase de prensagem, onde uma máquina compacta os materiais para facilitar o transporte.
A última etapa é a venda às empresas especializadas, onde o lixo reciclável será transformado em matéria-prima e reinserido no contexto da Economia Circular, onde os produtos de hoje se transformam nos recursos de amanhã.
Importante destacar que o conceito de cooperativismo não tem finalidade lucrativa. Todo o lucro é distribuído igualmente entre os associados.
“O objetivo é social, é empregar cada vez mais pessoas e impactar positivamente a economia da região”, explica Telines Basílio, mais conhecido pelo apelido de Carioca, fundador da Coopercaps, referência em coleta e gestão de resíduos sólidos no Brasil.
Texto produzido em 13/1/2022
Encontre pontos de coleta de lâmpadas, pilhas, eletrônicos, medicamentos e pneus
Estudo capitaneado pela Sea Shepherd Brasil analisou mais sete mil quilômetros de costa
Pontos de Entrega Voluntária da entidade já estão instalados em 305 municípios do país
Mais da metade dos trabalhadores do setor são mulheres e 62% são negros ou pardos