18 de Julho de 2023,14h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
Um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que o estuário de Santos, no litoral paulista, está entre os locais mais contaminados por microplásticos do mundo.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores coletaram amostras de ostras e mexilhões em três áreas diferentes da cidade: Balsa, praia do Góes, Ilha das Palmas.
Depois, compararam dados internacionais de mais de 100 estudos realizados em 40 países.
Os resultados foram alarmantes e a área da Balsa apresentou o maior nível de contaminação.
Em média, foram encontradas entre 12 e 16 partículas plásticas por grama de tecido dos animais analisados.
Em um único mexilhão, foram identificados mais de 300 microplásticos por grama.
É importante ressaltar que a praia do Góes era uma comunidade tradicional de pescadores e muitos dos habitantes locais ainda se alimentam desses animais.
Os pesquisadores destacam no relatório final que um estuário é uma região de transição entre um rio e o mar.
Portanto, são fundamentais para a preservação de ecossistemas que abrigam e servem como berçários para uma ampla variedade de espécies.
Desde o primeiro momento que o lixo plástico chega ao mar, os raios do sol, o vento e a ação das ondas passam a fragmentar os resíduos em pequenas partículas, geralmente com menos de um quinto de polegada de diâmetro.
Conhecidos como microplásticos, esses resíduos estão espalhados por todos os oceanos e foram encontrados nos quatro cantos do globo, desde o Monte Everest, o pico mais alto, até a Fossa das Marianas, o vale mais profundo.
Além disso, os microplásticos estão se decompondo em pedaços cada vez menores e microfibras plásticas foram achadas em sistemas de distribuição de água potável de várias cidades, onde também flutuam pelo ar.
Ferramenta criada com ajuda da ONU apoia ações locais de proteção dos recursos hídricos
País alcança índice de 64% de reaproveitamento do material e vira exemplo
Estudo avalia eficiência de leis contra sacolinhas descartáveis no mundo
Loga e Ecourbis investem em veículos movidos a biometano e eletricidade