Recicla Sampa - Testes indicam presença generalizada de microplásticos em alimentos
Recicla Sampa
sp156

Para esclarecer dúvidas sobre os serviços de coleta domiciliar de resíduos sólidos, limpeza urbana e varrição pública entre em contato com o 156 ou clique aqui.

Testes indicam presença generalizada de microplásticos em alimentos

Veja outros artigos relacionados a seguir

Foto1
ONG norte-americana afirma que 84 das 85 amostras continham partículas do resíduo. Foto: Almost Green Studio / shutterstock.com

Organização norte-americana sem fins lucrativos, a Consumer Reports descobriu por meio de testes a presença generalizada de microplásticos em diferentes tipos de alimentos.

Segundo os dados divulgados pela ONG, dos 85 tipos de alimentos analisados em supermercados e restaurantes fast food, 84 continham a presença do resíduo.

A Consumer ainda revelou que quase 80% das amostras continham bisfenol, um tipo de produto químico encontrado nos diferentes tipos de plásticos que embalam os produtos.

Em nota, a entidade chamou atenção dos órgãos reguladores para que reavaliem a segurança dos processos de produção dos materiais que entram em contato com os alimentos nos EUA.

O que são microplásticos

Microplásticos são pequenas partículas com dimensões menores do que 5 milímetros que se formam de duas maneiras.

Na origem primária, são produzidas a partir de resíduos industriais, residenciais e até mesmo do transporte marítimo.

Na origem secundária, são resultado de processos de degradação de pedaços de plásticos maiores, que se fragmentam em partículas menores ao longo do tempo.

Independentemente de sua origem, os microplásticos têm um impacto significativo nos ecossistemas, principalmente nos aquáticos.

Seja em ambientes de água doce ou salgada, essas minúsculas partículas causam sérios prejuízos e afetam diretamente a cadeia alimentar dos biomas.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, um estudo produzido por pesquisadores da Universidade Federal do Pará revelou que cerca de 98% dos peixes coletados em nascentes e rios amazônicos estavam contaminados por plástico.

Em média, cada espécime tinha seis fragmentos plásticos no corpo. A maioria deles no trato gastrointestinal e nas brânquias, responsáveis pelo sistema respiratório de animais aquáticos.

Já os organismos marinhos, como plânctons, confundem os microplásticos com alimento. Isso gera um efeito cascata. Afinal, peixes e outros animais se alimentam de plânctons.

Pesquisas recentes publicadas pela National Geographic revelam que esses resíduos já estão espalhados por todos os oceanos e foram encontrados nos quatro cantos do globo, desde o Monte Everest, o pico mais alto, até a Fossa das Marianas, o vale mais profundo.

Além disso, os microplásticos estão se decompondo em pedaços cada vez menores e microfibras plásticas foram achadas em sistemas de distribuição de água potável de várias cidades, onde também flutuam pelo ar.

Diante essa preocupante realidade, a tendência é que a fabricação e utilização de alguns tipos de plásticos sejam cada vez mais restringidas e, eventualmente, proibidas.

Essas medidas são essenciais para minimizar os danos ambientais e sanitários causados por essas minúsculas partículas e construir um futuro ambientalmente sustentável.


Últimas

Notícias

Padronização de embalagens pode ampliar reciclagem no Brasil

Simplificar materiais e cores facilitaria triagem e reduziria perdas no reaproveitamento

18/04/2025
Notícias

Austrália reduz em quase 40% poluição plástica nas praias

Avanço é resultado de políticas públicas, educação ambiental e mudança de comportamento

17/04/2025
Notícias

Geração de lixo eletrônico cresce cinco vezes mais que a reciclagem

Apenas 22% dos resíduos tecnológicos têm destinação ambientalmente adequada, informa ONU

16/04/2025
Dicas de Reciclagem

Embalagens de ovo de Páscoa não são recicladas

Grande maioria é embalada em BOPP, material de difícil reciclagem no Brasil

15/04/2025