23 de Janeiro de 2024,15h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
Organização norte-americana sem fins lucrativos, a Consumer Reports descobriu por meio de testes a presença generalizada de microplásticos em diferentes tipos de alimentos.
Segundo os dados divulgados pela ONG, dos 85 tipos de alimentos analisados em supermercados e restaurantes fast food, 84 continham a presença do resíduo.
A Consumer ainda revelou que quase 80% das amostras continham bisfenol, um tipo de produto químico encontrado nos diferentes tipos de plásticos que embalam os produtos.
Em nota, a entidade chamou atenção dos órgãos reguladores para que reavaliem a segurança dos processos de produção dos materiais que entram em contato com os alimentos nos EUA.
Microplásticos são pequenas partículas com dimensões menores do que 5 milímetros que se formam de duas maneiras.
Na origem primária, são produzidas a partir de resíduos industriais, residenciais e até mesmo do transporte marítimo.
Na origem secundária, são resultado de processos de degradação de pedaços de plásticos maiores, que se fragmentam em partículas menores ao longo do tempo.
Independentemente de sua origem, os microplásticos têm um impacto significativo nos ecossistemas, principalmente nos aquáticos.
Seja em ambientes de água doce ou salgada, essas minúsculas partículas causam sérios prejuízos e afetam diretamente a cadeia alimentar dos biomas.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, um estudo produzido por pesquisadores da Universidade Federal do Pará revelou que cerca de 98% dos peixes coletados em nascentes e rios amazônicos estavam contaminados por plástico.
Em média, cada espécime tinha seis fragmentos plásticos no corpo. A maioria deles no trato gastrointestinal e nas brânquias, responsáveis pelo sistema respiratório de animais aquáticos.
Já os organismos marinhos, como plânctons, confundem os microplásticos com alimento. Isso gera um efeito cascata. Afinal, peixes e outros animais se alimentam de plânctons.
Pesquisas recentes publicadas pela National Geographic revelam que esses resíduos já estão espalhados por todos os oceanos e foram encontrados nos quatro cantos do globo, desde o Monte Everest, o pico mais alto, até a Fossa das Marianas, o vale mais profundo.
Além disso, os microplásticos estão se decompondo em pedaços cada vez menores e microfibras plásticas foram achadas em sistemas de distribuição de água potável de várias cidades, onde também flutuam pelo ar.
Diante essa preocupante realidade, a tendência é que a fabricação e utilização de alguns tipos de plásticos sejam cada vez mais restringidas e, eventualmente, proibidas.
Essas medidas são essenciais para minimizar os danos ambientais e sanitários causados por essas minúsculas partículas e construir um futuro ambientalmente sustentável.
Existem alternativas com preços super acessíveis, até mais baratas que as tradicionais
Queda nos preços das commodities petroquímicas impactaram produtividade do setor
Relatório destaca redução do uso do carvão e avanço significativo de energia renováveis
Urnas ficam disponíveis até o dia 30 de novembro em onze estações