23 de Janeiro de 2025,10h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
Os Estados Unidos oficializaram na última segunda-feira (20) sua saída do Acordo de Paris.
Esta é a segunda vez que o país se retira do pacto climático. A primeira ocorreu durante o mandato anterior de Trump, em 2017, sendo revertida em 2021 pelo então presidente Joe Biden.
Estabelecido em 2015, o pacto tem como objetivo limitar o aumento da temperatura global a menos de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, com esforços para restringi-lo a 1,5°C.
A saída dos EUA, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta, representa novamente um desafio para as metas globais de redução de emissões.
Em seu discurso, Trump afirmou que o acordo prejudica a economia americana e beneficia outros países às custas dos Estados Unidos. Além disso, anunciou planos para incentivar a exploração e produção de petróleo e gás, revertendo políticas ambientais implementadas pelo governo anterior.
Especialistas apontam que a retirada dos EUA pode enfraquecer os esforços internacionais no combate às mudanças climáticas, especialmente às vésperas da COP30, que será sediada no Brasil. A ausência de uma das maiores economias do mundo no acordo pode desestimular outros países a cumprir seus compromissos climáticos e aumentar a responsabilidade de nações como o Brasil em liderar iniciativas ambientais.
“Infelizmente, seus primeiros atos vão na contramão da defesa da transição energética, do combate às mudanças climáticas e da valorização de fontes renováveis na produção de energia”, lamenta Marina Silva, ministra do Meio Ambiente.
Leia mais
Ferramenta criada com ajuda da ONU apoia ações locais de proteção dos recursos hídricos
País alcança índice de 64% de reaproveitamento do material e vira exemplo
Estudo avalia eficiência de leis contra sacolinhas descartáveis no mundo
Loga e Ecourbis investem em veículos movidos a biometano e eletricidade