08 de Marco de 2024,15h00
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Após uma longa luta política, negociadores do Conselho e do Parlamento Europeu chegaram a um acordo para reduzir a dependência de embalagens plásticas descartáveis e promover a economia circular no setor.
Para combater o crescimento descontrolado deste tipo de resíduo, a União Europeia estabeleceu metas de redução obrigatórias para seus Estados-Membros: 5% até 2030, 10% até 2035 e 15% até 2040.
A nova legislação também definiu metas de reciclagem e de embalagens retornáveis para segmentos específicos. Entre eles estão o setor de bebidas e os aplicativos de entrega de delivery.
No entanto, a proposta inicial da Comissão Europeia, publicada em novembro de 2022, foi enfraquecida por isenções adotadas sob pressão do lobbie dos grandes fabricantes de produtos e embalagens descartáveis.
Neste sentido, foram decepcionantes as restrições se limitarem apenas aos plásticos de uso único e não a todos os itens descartáveis, como previsto na proposta original.
Também é lamentável que as embalagens de papelão tenham sido excluídas das metas. Este tipo de recuo, mais uma vez resultado da pressão do lobbie, pode comprometer a eficácia da regulamentação.
O temor do movimento ambientalista é que a brecha na lei resulte em um aumento no consumo de embalagens de papel e perpetue a cultura do desperdício.
De acordo com informações da agência AFP, o Parlamento Europeu deve ratificar o compromisso em sua próxima sessão plenária, prevista para acontecer em abril.
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