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Unicamp desenvolve borracha verde e eletrocondutora

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Pesquisa proveu ser possível reduzir impacto ambiental da produção do latex. Foto: Pedro Amatuzzi / Divulgação

Uma técnica desenvolvida na Unicamp mostrou que é possível otimizar as propriedades do látex e reduzir o impacto ambiental em seus processos de produção.

Como explica em reportagem o Jornal da Unicamp, a obtenção desse polímero, seja de forma natural ou sintética, inclui a necessidade da vulcanização, que é um processo que usa altas temperaturas para alterar a composição da borracha.

E a vulcanização é extremamente agressiva para o meio ambiente, destaca a equipe de pesquisa.

Desenvolvida no Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologias (CCSNano-Unicamp), a nova borracha eletrocondutora é obtida em temperatura ambiente, a partir da mistura de materiais biocompatíveis, com redução ou ausência do uso de reagentes orgânicos e sem aplicação da etapa de vulcanização.

“Conseguimos chegar a uma mistura adequada que conferiu novas propriedades para a borracha verde, feita do látex. A partir de materiais grafíticos e nanocelulose, em um trabalho multidisciplinar, desenvolvemos um filme flexível que é bom condutor de eletricidade e de calor”, explica Stanislav Moshkalev, um dos cientistas responsáveis pelo projeto.

Segundo o físico, o novo material pode substituir metais em áreas como a química e a biomedicina.

Uma das aplicações seria o revestimento de sensores e eletrodos para exames e tratamentos médicos. Outra seria na produção de dispositivos vestíveis, como roupas de mergulho, luvas e equipamentos aquecidos.

“Com essa tecnologia, mostramos que é possível criar propriedades mecânicas e elétricas interessantes na borracha, um passo a mais no desenvolvimento de produtos inovadores”, completa.

Entre as vantagens da borracha eletrocondutora, o grupo de pesquisa, formado por Moshkalev, Raluca Savu e Junko Tsukamoto, destaca a flexibilidade.

“Diferente de um metal, que é rígido, esse compósito condutor a base de borracha verde pode ser dobrado e voltar à sua forma original”, revela Moshkalev.

Essa característica viabiliza aplicações variadas que necessitam de intervalos longos de deformação mecânica. “Além disso, ele não oxida, ao contrário de um metal”, finaliza.


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