07 de Maio de 2021,10h00
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O franco-suíço Yvan Bourgnon ficou mundialmente famoso por suas longas travessias a bordo de veleiros simples e sem luxo e toda vez que ele voltava das viagens comentava com a imprensa sobre a quantidade enorme de plástico que encontrava nos oceanos.
Comprometido em encontrar soluções para esse grave problema ambiental, Yvan uniu sua equipe e idealizou o projeto SeaCleaners (Limpadores dos Mares). A iniciativa inclui a construção do Manta, um enorme catamarã que vai ter como gerador de energia o plástico coletado dos oceanos.
Construída em aço de baixo carbono, a embarcação de 56 metros será a primeira do mundo com tecnologia para coletar, processar e reciclar grandes quantidades de lixo plástico dos oceanos. O veleiro será capaz de realizar manobras em baixa velocidade e coletar os resíduos navegando entre 2 e 3 nós. Sua velocidade máxima é de 12 nós.
Enquanto navega, esteiras coletoras feitas sob medida recolhem os resíduos e os trazem para uma unidade de triagem. Uma vez feita a devida separação do lixo reciclável, o que é plástico é despedaçado em pequenas partes, que são encaminhadas para uma unidade de conversão em energia. Tudo isso acontece dentro do Manta.
De acordo com a equipe envolvida no projeto, através de um processo de pirólise, cerca de 95% do material acaba convertido em uma quantidade de eletricidade suficiente para alimentar todo o sistema elétrico do barco. A Pirólise é o processo onde a matéria orgânica é decomposta após ser submetida a condições de altas temperaturas, em ambiente com zero oxigênio.
Importante destacar que o Manta tem capacidade para uma retirada eficiente dos resíduos. Ou seja, é capaz de coletar resíduos grandes e pequenos (a partir de 10 milímetros), que estejam a até um metro de profundidade. A capacidade de coleta varia entre uma e três toneladas de lixo por hora. Nesse ritmo, o barco é capaz de coletar até 10 mil toneladas de lixo plástico por ano.
Tudo indica que o projeto do Manta seja finalizado até 2024 e suas viagens vão, estrategicamente, focar os mares da América do Sul, da África e da Ásia, onde a poluição marinha pelo plástico é conhecidamente grande e nociva.
Além disso, o catamarã será também um centro de estudos, com capacidade para receber até dez pesquisadores. Será um centro de coleta de dados e tudo o que for pesquisado ficará à disposição da comunidade científica e da população em geral.
Texto produzido em 07/05/2021
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