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Você sabia que a coleta seletiva pode salvar o meio ambiente?

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Foto: Ben White / Unsplash

Em mais de 100 países, o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, serve de alerta para a importância da preservação dos recursos naturais. Entre as questões que ameaçam o ecossistema está o aquecimento global, cujos efeitos, como a redução das geleiras, ondas de calor intensas e elevação do nível dos oceanos, já podem ser percebidos.

Um dos grandes responsáveis pelo fenômeno é o excesso de gás carbônico (CO2) na atmosfera. Esse composto é o responsável pelo efeito estufa, processo que causa o aquecimento no planeta. E para solucionar a alta concentração de CO2 no mundo, a prática da coleta seletiva é fundamental.

Isso porque o processo de reciclagem das embalagens evita que mais de 60% de carbono seja enviado para a atmosfera, de acordo com dados de um estudo realizado pelo Centro de Tecnologia de Embalagens (CETEA) em parceria com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE).

O petróleo é a principal matéria-prima usada para a produção de novas embalagens plásticas. A fabricação emite toneladas de CO2 no ar.

“Reciclar materiais minimiza a emissão desse composto e reduz os impactos ambientais relacionados à extração de recursos naturais utilizados para a fabricação de novos produtos”, explica Aline Fanti, engenheira ambiental.

O melhor exemplo de reciclagem para a profissional é o alumínio. A reutilização desse material chega a 98% no Brasil. Esse processo contribui para a redução das emissões de CO2 e evita a retirada de recursos naturais para a produção de novas latas e outros produtos. Além disso, a alta demanda por esse componente reciclável torna o país campeão mundial em reciclagem de latinhas.

Quando não são reciclados, os resíduos sólidos urbanos são responsáveis pelo lançamento de 53,2 milhões de toneladas de CO2 por ano na atmosfera do Brasil, de acordo com os estudos feitos pelo CEMPRE.

Um congresso ambiental realizado em Paris, na França, em 2015, discutiu uma intervenção para que 195 países assinassem um acordo para manter o aumento da temperatura média global em níveis seguros.

O Brasil firmou o compromisso de reduzir gases de efeito estufa em 37% até 2025. A pesquisa feita pelo CEMPRE aponta que uma melhor gestão dos resíduos no país pode diminuir em 20% a emissão de carbono no ar.

Fazer a coleta seletiva vai muito além de prevenir a grande quantidade de CO2 no ar. Com a prática, os resíduos são devidamente descartados e evitam a poluição do solo e lençóis freáticos, além de ruas e esgotos. Descartados incorretamente nas vias públicas, os resíduos provocam excesso de lixo nas bocas de lobos e bueiros, causando enchentes e atraindo ratos e baratas que causam doenças aos seres humanos.

Além disso, na medida em que os resíduos são encaminhados para a reciclagem deixam de ser jogados nos oceanos, evitando a morte de animais. A quantidade de plástico no mar está prejudicando a vida marinha e causando a morte ou sérios acidentes aos seres aquáticos.

Todo ano, 25 milhões de toneladas de lixo vão parar nos oceanos, de acordo com estudo divulgado em 2018 pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA). Deste montante, o Brasil colabora com 2 milhões de resíduos. Segundo a ONU, de 60% a 80% de todo esse material no mar é plástico. A previsão é de que até 2050 haja mais resíduos plásticos no mar do que peixes, se o consumo não for contido.

O alerta foi dado também pela pesquisa da WWF, que sinalizou que se medidas não forem tomadas, a poluição plástica dobrará até 2030. O relatório leva em consideração as atuais projeções de crescimento populacional, de PIB e da geração de resíduos plásticos per capita, e destaca que os oceanos serão os mais afetados.

Já que o Dia do Meio Ambiente tem como objetivo despertar a reflexão sobre os impactos dos nossos hábitos no meio ambiente, que tal aproveitar a data para começar uma mudança?

Separe seu lixo

Separe o lixo em dois (comum e reciclável) e deixe que os responsáveis pela limpeza urbana da cidade façam o resto. No lixo comum você deve depositar restos de alimentos, folhas e restos de podas, papel higiênico, guardanapos e fraldas usadas, borras de café e esponjas de limpeza, por exemplo. Já as garrafas plásticas, latas de alumínio, vidros, papéis (jornais, revistas, papelão), embalagens Tetra Pak, devem ser colocadas no reciclável.

O óleo de cozinha, pilhas e baterias, eletrônicos, materiais de construção, medicamentos e entulhos são resíduos que não podem ser descartados em qualquer lugar. Aqui é possível identificar os pontos de coleta desses materiais.

Sacolas retornáveis

Deixe de lado as sacolas plásticas e opte pela ecobag. Sacolas de pano dobráveis são uma boa dica para você carregar na mochila ou na bolsa diariamente.

Produtos a granel

Frutas secas, cereais e grãos não precisam estar dentro da embalagem plástica. Opte por comprar esses produtos a granel e leve seu próprio pote.

Recuse o canudinho plástico

Ele é um produto totalmente dispensável e hoje temos várias alternativas, como canudos de metal, vidro ou bambu para levar sempre com você. Ou ainda optar por utilizar os de macarrão e de papel oferecidos nos estabelecimentos.

Evite copos plásticos

Carregue na mochila um copo reutilizável. Já existem várias marcas no mercado que trazem modelos dobráveis, leves e de fácil lavagem.

 

Texto produzido em 06/06/2019


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