12 de Dezembro de 2024,10h00
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O volume de lixo reciclado saltou de 3,5% para 8% de 2022 para 2023 no Brasil, revela o Panorama dos Resíduos Sólidos, divulgado na última terça-feira (10) pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema).
De acordo com o documento, o aumento foi impulsionado pela expansão da coleta seletiva e pelo crescimento da atuação de catadores informais no país, que gerou 80,96 milhões de toneladas de resíduos em 2023.
Esse volume é ligeiramente superior ao registrado em 2022, quando a média foi de 380 quilos por pessoa. A média atual está em 382 quilos per capita, que representa um aumento de 0,4%.
Desse total, cerca de 69,3 milhões (85%) de toneladas foram destinadas à decomposição final, seja de maneira ambientalmente adequada, em aterros sanitários, ou de forma inadequada, em aterros irregulares.
Vale lembrar que apesar da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determinar o fim dos lixões neste ano, quase 40% do total do lixo gerado ainda têm disposição ambientalmente incorreta.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, existem cerca de três mil lixões ativos no país e pelo menos 161 mil toneladas de lixo foram enterradas pelos cidadãos em seus próprios terrenos.
O levantamento aponta também o potencial de produção de biocombustível a partir do aproveitamento do biometano, gerado pela decomposição de matéria orgânica nos aterros sanitários.
Esse processo permite capturar e reaproveitar o metano, gás mais poluente que o dióxido de carbono, para a geração de eletricidade.
O estudo revelou que se todas as cidades com mais de 320 mil habitantes destinassem seus resíduos para aterros sanitários com plantas de biometano, o Brasil poderia produzir até 2,86 milhões de Nm³/dia, cinco vezes mais do que a capacidade atual.
Clique aqui e veja o Panorama dos Resíduos Sólidos na íntegra
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