27 de Fevereiro de 2020,13h00
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O plástico tem tomado conta de grande parte dos oceanos e a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, não escapa do fenômeno. O problema na região é grave. Uma pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) demonstrou que o local é uma das áreas mais poluídas por microplásticos no mundo. As partículas, mesmo com tamanho inferior a cinco milímetros, representam enorme risco para o ambiente marinho e também humano.
Publicada pelo jornal O Globo, a pesquisa comparou o nível de impurezas da Baía com estudos que já haviam sido realizados em outros locais. A mestre em química, Glaucia Olivatto, constatou uma média de 7,1 itens por metro cúbico nas amostras coletadas próximo ao Aeroporto Santos Dumont, ao Museu do Amanhã e à Ilha do Fundão. Em paralelo, uma análise semelhante produzida na Enseada de Jurujuba, em Niterói, elaborada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), apresentou uma ocorrência ainda maior de poluentes. Segundo a publicação, foram encontradas 16,4 peças por metro cúbico.
A origem desses poluentes no mar é variada: podem ser resultantes da fragmentação de plásticos maiores, como garrafas PET descartadas incorretamente, ou mesmo estar presentes em cosméticos utilizados pelos banhistas. Peixes e tartarugas são as principais vítimas desses resíduos que, apesar de pequenos, são grandes vilões da vida aquática. Ao confundir os objetos com alimentos, os animais ingerem os elementos e não conseguem fazer a sua digestão, causando mortes por sufocamento ou desnutrição.
Com a divulgação, estudiosos esperam que o diagnóstico sirva de alerta para as autoridades e resulte na implantação de diretrizes para os resíduos sólidos e na fiscalização. Além disso, o objetivo também é de conscientização para a população.
Fonte: O Globo
Texto produzido em 24/09/2019
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