03 de Julho de 2024,18h00
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Iniciativa nacional de mobilização de recursos e inovação tecnológica para o combate à poluição do oceano, o Blue Keepers lançou no último dia 12 de junho o Inventário Nacional de Resíduos.
A ferramenta online traz informações sobre os tipos de lixo mais encontrados durante as coletas realizadas em ambientes aquáticos de regiões estratégicas do Brasil nos último dois anos.
De acordo com a organização, o trabalho foi executado por uma rede de parceiros que atuaram em seus respectivos territórios e que coletaram e classificaram 55 mil itens retirados de praias, rios, lagoas e manguezais do país.
“Entre os dez itens mais encontrados, o lixo plástico ocupa o primeiro lugar, seguido por cigarros, filtros e bitucas. Em terceiro ficaram os fragmentos de isopor”, revela a Blue Keepers.
Para chegar a estes números, entre 2022 e 2024 foram realizadas 55 coletas amostrais em cidades identificadas como grandes portas de entrada para a poluição plástica no Oceano Atlântico: Manaus (AM), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP); entre outros municípios.
“Agora, com a publicação da pesquisa, a sociedade civil, governos e empresas podem analisar os dados e pensarem em ações mais efetivas, por exemplo, sobre o que fazer com embalagens no pós-consumo, além de medidas de prevenção para evitar que a poluição em ambientes aquáticos continue crescendo de maneira desenfreada”, explica a equipe de ONG.
Ainda de acordo com a Blue Keepers, a ideia é acionar as companhias que foram identificadas como produtoras de grande parte dos resíduos encontrados para estudarem possíveis soluções.
“Neste sentido, nós e o Movimento Conexão Circular (iniciativa do Pacto Global da ONU) lançamos em abril deste ano o Projeto Reinova. Seu objetivo é auxiliar empresas a desenvolverem produtos de forma estratégica, desde o design, produção e distribuição, até o descarte no pós-consumo”, completa o Blue Keepers em post publicado no Instagram.
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