02 de Abril de 2025,10h00
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O Brasil reciclou 410 mil toneladas de embalagens PET em 2024, um aumento de 14% em relação às 359 mil toneladas recicladas em 2022.
As informações são da 13ª edição do Censo da Reciclagem do PET no Brasil, divulgado na semana passada pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet).
De acordo com a entidade, o crescimento reflete o fortalecimento da economia circular e o compromisso de diferentes setores com a sustentabilidade ambiental do planeta.
Apesar do avanço, a Abipet destaca que a ausência de políticas públicas eficazes de coleta seletiva tem dificultado a destinação adequada das embalagens descartadas pelos consumidores.
"As empresas recicladoras chegam a atuar com uma ociosidade média de 23%, com picos de até 40%", conta Auri Marçon, presidente da associação.
"A indústria de reciclagem do PET está chegando no seu limite, por não ter a matéria-prima necessária para seus processos produtivos, ao mesmo tempo em que toneladas de embalagens são destinadas aos aterros comuns ou descartadas incorretamente no meio ambiente", lamenta o dirigente.
O censo revela que em 2024 cerca de 37% da resina reciclada de PET foi utilizada na fabricação de novas embalagens, principalmente para água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas.
O setor têxtil consumiu 24% da resina reciclada, enquanto a indústria química e a produção de lâminas e chapas absorveram 13% cada.
Fitas de arquear, usadas em empacotamento e fechamento de caixas, representaram 10% do consumo.
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