13 de Julho de 2022,15h00
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O governo do Canadá anunciou recentemente que vai proibir empresas de fabricarem e importarem sacolas plásticas e caixas de isopor até o fim deste ano.
A mudança na legislação prevê também a proibição de embalagens fabricadas a partir de matérias-primas plásticas até o final de 2023 e sua exportação até o final de 2025.
As novas regras incluem ainda a proibição de talheres, palitos e revestimentos de embalagens plásticas em geral.
“Apenas 8% do plástico que jogamos fora é reciclado e 43 mil toneladas de plásticos descartáveis acabam no meio ambiente todos os anos”, revelou ao jornal The Guardian o Ministro da Saúde canadense, Jean-Yves Duclos.
“A população canadense foi muito clara com a gente. Eles estão cansados de ver lixo plástico em parques, ruas e outros locais”, completou Duclos.
Infelizmente, ficaram de fora das novas regras as embalagens plásticas para bens de consumo, consideradas a principal fonte de resíduos plásticos do mundo.
Mas o Canadá vai garantir que todas as embalagens plásticas fabricadas no país contenham pelo menos 50% de material reciclado até 2030.
Segundo o Global Plastics Outlook: Policy Scenarios to 2060, sem uma estratégia radical para conter a demanda, aumentar a vida útil dos produtos e melhorar a reciclabilidade dos materiais, a poluição plástica não vai parar de crescer.
Em números, o documento projeta que o consumo global de plásticos deve subir de 460 milhões de toneladas em 2019 para 1.231 milhões de toneladas em 2060.
Esse crescimento será mais rápido nos países em desenvolvimento e emergentes da África e da Ásia, mas os países da OCDE ainda vão liderar a geração de lixo plástico por pessoa.
Cada cidadão de um país da OCDE deve gerar 238 quilos de resíduos plásticos por ano em média, enquanto os cidadãos do terceiro mundo vão gerar cerca de 77 quilos.
Se nada for feito, o descarte de plástico no meio ambiente deve dobrar, enquanto o acúmulo de resíduos em lagos, rios e oceanos mais do que triplicará no mundo todo.
Texto produzido em 13/7/2022
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