30 de Setembro de 2022,16h00
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Há doze anos, a inglesa Eliza Walter estudava design no ensino médio quando aprendeu sobre o processo de recuperação de metais preciosos retirados do lixo eletrônico.
Enquanto conhecia as instalações de uma fundição da região de Melton Mowbray, o proprietário explicou à Walter que o ouro era principalmente extraído da terra, mas que também havia uma maneira de obtê-lo em aterros sanitários.
Anos depois, Eliza, que guardou a lembrança daquela visita, decidiu pesquisar o lixo eletrônico e ao concluir um curso na British Academy of Jewellery, abriu um negócio online de joias em 2017.
Agora, a ourives projeta peças que são produzidas por cerca de outros 30 ourives freelancers com ouro recuperado de eletrônicos e também de resíduos de tratamentos dentários, como as obturações.
Nos últimos anos, grandes e pequenas marcas recorreram à mineração eletrônica e passaram a fabricar seus itens com metais reciclados de dispositivos como telefones celulares, laptops, consoles de jogos e placas gráficas.
Entre as razões pelas quais o ouro e outros metais preciosos são usados na fabricação de eletrônicos é porque são bons condutores de eletricidade e tendem a resistir à corrosão. Já a reciclagem pode reduzir a necessidade e minimizar o impacto da mineração no meio ambiente.
Em 2020, a maior joalheria do mundo, a dinamarquesa Pandora, anunciou que até 2025 todas as suas joias serão feitas de ouro e prata reciclados, com parte proveniente do lixo eletrônico.
“O lixo eletrônico é um recurso incrível e deve ser usado”, disse Kim Parker, editora de joias e ex-diretora executiva de moda e joias da Harper's Bazaar UK. Ouro reciclado, destacou Parker, “começou sendo uma pequena tendência de consumo, mas agora é algo que os consumidores passaram a exigir”, completa.
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